Da tribuna do plenário do Legislativo, o vereador Renato Oliveira/PCdoB apresentou nesta quarta-feira (18/10) seu projeto de lei sobre divulgação da listagem de medicamentos disponíveis e em falta na rede municipal de saúde. O parlamentar também aproveitou espaço no grande expediente para criticar o Executivo pelo fechamento de centros comunitários e alertar sobre consequências negativas dessa medida aos jovens.

Pela proposta do comunista, a prefeitura deverá fixar listagem impressa sobre medicamentos em postos de Estratégia de Saúde da Família (ESF), nas unidades básicas de saúde (UBSs), na Unidade de Pronto-Atendimento Zona Norte, no Pronto-Atendimento 24 Horas e nos demais locais de distribuição, e em site. Em caso de falta do remédio, a informação deverá constar na internet, assim como a previsão de chegada.

Renato Oliveira justificou a ideia em busca de transparência pública dos governantes e respeito aos direitos do cidadão. Na avaliação do parlamentar, a lei melhorará a qualidade do serviço e proporcionará tranquilidade à população que depende de medicamentos gratuitos. Observou que, por falta de informação, muitas pessoas pobres gastam dinheiro para comprar remédios disponibilizados na rede pública.

O segundo tema abordado pelo vereador foi o fechamento, determinado pelo Executivo, de centros comunitários, assunto que foi tratado em audiência pública promovida pela Comissão de Educação do Legislativo na noite de terça-feira. O comunista destacou que esses centros oferecem atividades culturais, oficinas e cursos a crianças e adolescentes. Graças a esse trabalho, discursou Renato Oliveira, os jovens ficam menos sujeitos à marginalidade.

O parlamentar disse que o Poder Executivo está indo na contramão da educação. Ele criticou a prefeitura por ela não mandar representante na audiência pública, quando lideranças de bairros e jovens expuseram a importância dos centros comunitários e suas ações.

Em aparte, Paula Ioris/PSDB classificou a ausência do Executivo na assembleia  como “um dos momentos mais graves” deste ano. A vereadora disse que a atitude mostra falta de diálogo do governo municipal e desrespeito. A parlamentar avaliou que fechar centros comunitários é colaborar para o crescimento da evasão escolar. Paula lembrou que, no projeto Vereador por Um Dia, jovens pediram mais espaços para lazer e atividades públicas.