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Renato Oliveira critica a greve dos médicos do SUS

Vereador apontou a responsabilidade do Executivo sobre a situação da Saúde Pública


Na sessão desta terça-feira (31), o vereador Renato Oliveira/PCdoB fez duras críticas à greve dos médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Caxias do Sul, retomada na última segunda-feira (30). Exigiu, também, posicionamento do Executivo. Em abril, a paralisação da categoria havia sido encerrada por uma decisão judicial, depois de a prefeitura ter entrado com ação contra o movimento. O Sindicato dos Médicos reivindica plano de carreira, além de salário de R$ 7,5 mil, para 20 horas semanais de trabalho.

Presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Renato questionou o papel do poder público em outras demandas de saúde pública, como o déficit de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva, tanto em hospitais públicos quanto em privados. A prefeitura precisa tomar uma atitude. Não pode ignorar a necessidade de diálogo com a categoria. Visitei diversas unidades básicas de saúde ontem. A situação é um caos, observou. Ele sugeriu aos membros da Comissão de Saúde visita ao Executivo.

A vereadora Ana Corso/PT considerou que o Executivo peca ao não promover um diálogo com a categoria. Membro da Comissão de Saúde, defendeu que ela faça o intermédio da negociação com os médicos. Que é inviável o reajuste de R$ 7 mil, todos já sabem. Mas o problema é anterior a isso. Consultas especializadas levam meses. Uma cirurgia pelo SUS demora mais de ano, ressaltou.

Segundo Elói Frizzo/PSB, nunca houve falta de diálogo por parte da prefeitura. Questionou o caráter legal da paralisação e defendeu a criação da Fundação Municipal da Saúde. Para ele, a medida daria fim a qualquer impasse sobre o salário dos médicos servidores. A lógica, adotada pelo Executivo, é a correta. Primeiro, focar na proposta do Sindiserv, que defende 8.93% de reajuste. E, só depois, avaliar a questão dos médicos, que são concursados e, por isso, precisam de anuência do Sindicato dos Servidores, ponderou. O parlamentar observou, ainda, que, por serem servidores públicos, o aumento para os médicos acabaria atingindo, em escala, todos os outros funcionários de carreira.

Geni Peteffi/PMDB concordou com Frizzo, ao considerar que a prefeitura não falta ao diálogo. Porém, salienta que há divergência entre o valor solicitado e aquilo que pode ser feito pela administração municipal. Acredito num desfecho positivo em breve, com cedências das duas partes, afirmou.

Da mesma maneira, Assis Melo/PCdoB apontou para a necessidade de acordo, por meio da sensibilização. Ambos dizem que querem negociar, mas não há mudança de posicionamento de nenhum deles, frisou.

Ari Dallegrave/PMDB expôs que o município se mostra solícito, mas trata de reposições salariais prudentes. Se o reajuste chega a duplicar o salário, tenho dúvidas quanto à legalidade de um administrador deferir isso, pois fere as determinações fixadas em concurso público, comentou.

Para Mauro Pereira/PMDB, é preciso igualdade de condições em todas as categorias de concursados públicos.

31/08/2010 - 20:39
Assessoria de Comunicação
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul


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