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Líderes tratam do HG, saúde pública e ouvidoria

Situação do hospital regional e problemas em atendimento ocuparam maior parte da sessão


O Hospital Geral (HG), os problemas na saúde pública e a criação da ouvidoria de Direitos Humanos do Legislativo dominaram as declarações de líder de bancada nesta quarta-feira (17/05) na Câmara Municipal. As manifestações ocorreram em plenário na sessão ordinária.

A primeira a solicitar espaço foi a vereadora Gladis Frizzo/PMDB. Relatou ter recebido informações importantes durante visita ao complexo do HG, onde foi recebida pelo diretor Sandro Junqueira. Gladis destacou a importância da instituição, que atende 1 milhão de pessoas e 49 municípios da região.

Conforme a peemedebista, o HG necessita de R$ 17 milhões para construção do novo prédio, sendo que dispõe R$ 12 milhões no caixa oriundos da Consulta Popular, de outros convênios e da prefeitura. Gladis disse que recursos para mobília e utensílios deverão vir do Ministério da Saúde.

A vereadora ressaltou a importância das bancadas gaúchas buscarem emendas parlamentares para aportar recursos financeiros ao HG. Citou exemplo do deputado federal Mauro Pereira/PMDB, que garantiu R$ 2,2 milhões para aquisição de angiógrafo, que examina as veias do paciente.

Mas alertou que Caxias do Sul vem perdendo verbas federais para Bento Gonçalves por falta de mobilização comunitária no Consulta Popular. Ressaltou que isso interfere na falta de leitos para internação em UTI dos hospitais públicos. Por fim, Gladis Frizzo disse que a situação da saúde pública caxiense está indefinida por falta de ações do Executivo. Exemplificou com o descumprimento de abertura da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Zona Norte e a greve dos médicos do SUS.

Em aparte, o também peemedebista Paulo Périco pediu maior participação dos outros 48 municípios atendidos no HG no aporte financeiro, colaborando mais com Caxias do Sul.

O vereador Edson da Rosa/PMDB explicou que Alceu Barbosa Velho, quando prefeito, tentou um movimento   contribuição dos municípios. Mas esbarrou em impedimentos legais porque algumas cidades não conseguem investir tanto na saúde. Então, a saída seriam as emendas parlamentares.

Também em aparte, Rafael Bueno, líder do PDT, afirmou que houve risco de Caxias do Sul perder para Farroupilha o atendimento de oftalmologia no HG. Destacou importância das emendas e que o desemprego tem aumentado a fila hospitalar. Lembrou que o prefeito Alceu cortou verbas de outras áreas para destinar R$ 4 milhões e evitar perda de leitos públicos no município.

Em aparte, Adiló Didomenico/PTB declarou que os serviços de saúde funcionavam no governo anterior em comparação ao atual. Lembrou que pode-se culpar alguns médicos pela greve, mas a responsabilidade de ter iniciado essa situação é do prefeito Daniel Guerra/PRB.

Para encerrar sua manifestação, Gladis Frizzo convidou para a 1ª Conferência Estadual da Saúde da Mulher e a 1ª Conferência Estadual de Vigilância em Saúde, na próxima sexta-feira, às 19h. Também convidou para plenária sobre saúde no próximo sábado, das 7h30min às 17h, no auditório do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG). Na ocasião, a peemedebista anunciará um pedido de verba para o HG.

Em declaração de líder do PRB, Elisandro Fiuza lembrou que, apesar dos problemas, o SUS de Caxias do Sul é referência na prestação de serviços e que muitos médicos que não aderiram à greve prestam bom serviço. Por isso não se deve generalizar a categoria.

Outro assunto de Fiuza foi a Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança de protocolado projeto de lei para criação da Ouvidoria dos Direitos Humanos do Legislativo. A ideia teve origem em uma proposta do parlamentar.

Em aparte, Rafael Bueno/PDT lembrou que existe o Disque 100, serviço nacional para denúncias de abusos e violência.

Na declaração de líder do PCdoB, Renato Oliveira culpou a falta de gestão do Executivo e não de dinheiro pela greve. Informou que pacientes aguardam das 8h às 16h no Pronto-atendimento 24 Horas, ressaltando que esse setor não está paralisado.

Destacou que o Dia D de Vacinação contra a Gripe, ocorrido sábado, vacinou apenas 6 mil pessoas, sendo que ano passado foram 16 mil. Renato disse que faltou divulgação da prefeitura. Edson da Rosa e Adiló Didomenico também falaram da falta de divulgação da vacinação pelo município.

Em declaração de líder do PSB, Alberto Meneguzzi disse o Executivo culpa a imprensa pela baixa adesão à vacinação. Porém, lembrou que a Secretaria Municipal da Saúde tem assessoria de comunicação e deveria fazer a sua parte, não apenas enviando release, mas contatando os veículos de comunicação. Também culpou a falta de gestão pelos problemas da saúde, como testemunhou em visita ao PA 24 Horas, onde diz ter sido mal recebido quando buscou explicações com atendente, inclusive se identificando como vereador.

Por outro lado, Meneguzzi elogiou o mutirão odontológico que o município fará a partir de 1º de junho.

Pela bancada do PTB, Adiló Didomenico informou que retirou seu projeto de lei de regularização do serviço de  Uber para facilitar a tramitação da proposta do Executivo.

Rafael Bueno denunciou que uma médica do Centro Especializado em Saúde (CES) sofre perseguição por querer atender mais pacientes do que determinado pela prefeitura.

17/05/2017 - 16:27
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Clever Moreira - 8697

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