A falta de política pública para controle da população animal foi tema do vereador Rodrigo Beltrão/PT nesta quarta-feira (10/05) na Câmara Municipal. No Grande Expediente, o petista alertou que, caso o Executivo não renove convênio com clínica para castrações, a cidade terá 25 mil animais nas ruas em 2018 como   potenciais vetores de doenças aos habitantes.

O parlamentar informou que, ano passado, o município disponibilizava pelo menos 700 castrações, o que não acontece neste ano.

“Assim, teríamos na cidade em torno de 200 cadelas no cio ou prenhes, que numa projeção podem dar à luz. Então, considerando que cada uma pode dar à luz de cinco a 10 filhotes, teríamos um risco mensal de mil a dois mil animais que acabar desamparados”, analisou.

Rodrigo Beltrão acrescentou que Caxias do Sul tem o maior número de protetores de animais, mas inversamente não tem nenhuma política pública. Alertou que a terceirização da castração exige licitação e que, devido à demora desse processo, seguramente o serviço não será disponibilizado neste ano.

O vereador acrescentou que as ONGs de proteção animais não recebem incentivos, tendo de funcionar graças ao voluntariado. Dentro desse quadro, o petista pede que o Poder Público tome medida emergencial. Sugere que o Legislativo promova audiência pública com protetores de animais, Secretaria do Meio Ambiente, Ministério Público e vereadores para encontrar soluções.

O parlamentar lembrou que, em junho, famílias moradoras das margens da Rota do Sol serão removidas para residencial popular. E que seguramente muitas delas têm bichos de estimação. Rodrigo Beltrão questionou se o Executivo pensou nessa questão, sobre o que fazer com esses animais que não poderão ser levados para o condomínio.

“Tratar dos animais é questão de saúde pública, já que eles são vetores de doenças. E saúde é uma das prioridades anunciadas pelo governo municipal. Então, algo precisa ser feito com urgência”, finalizou.