A superpopulação canina e a ausência de ações do município para contê-la constituem uma ameaça à saúde pública de Caxias do Sul de incalculáveis proporções. O “pedido de socorro” foi formulado pela presidente da associação “Proteção Animal Caxias”, Kátia Giesch, entidade que reúne as Organizações Não Governamentais que atuam pela causa animal, e que hoje depende exclusivamente de doações particulares.

Com o corte das 700 castrações que eram garantidas pela Prefeitura até janeiro deste ano e a deterioração das condições econômicas das entidades e das pessoas, a proliferação de cães saiu do controle, alertou Kátia. A entidade avalia em 15 a 30 ninhadas abandonadas por dia na cidade. Como as cadelas entram no cio a cada dois meses, é uma irresponsabilidade não apenas o abandono, mas também a negligência dos donos ao não castrar os próprios cães.  Pediu atenção das autoridades e da população para o problema.

Na Tribuna Livre realizada na sequencia, o espaço foi cedido ao presidente do Sindilimp, Henrique Silva, para homenagear o “Dia do Gari”, que se comemora em 16 de maio. A abertura da homenagem foi compartilhada com a presidente da CODECA, Marilda Bertotto, que lembrou a origem da palavra gari, sobrenome do primeiro prestador de serviços de limpeza pública no Brasil (1876). Detalhou as atividades desempenhadas pela CODECA na capina, varrição, limpeza de áreas públicas e na coleta de resíduos orgânicos e seletivos, bem como sua destinação. Finalizou exibindo um vídeo institucional da empresa, cumprimentando os funcionários da empresa pela sua dedicação e espírito de grupo.

O presidente do Sindilimp, Henrique Silva, disse que Caxias deve comemorar dois de seus maiores patrimônios neste Dia do Gari. O primeiro deles é a existência da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul, empresa de economia mista controlada pelo município e a felicidade de tê-la viabilizada. Tanto como a própria instituição, os recursos humanos que garantem a qualidade na prestação dos serviços, constituem a outra parte do patrimônio. Destacou a defesa que o Sindicato tem feito dos direitos dos garis e dos trabalhadores em geral diante das reformas que vão retirar direitos dos trabalhadores. Um áudio visual encerrou a exposição.