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Lideranças repudiam adiamento da Festa da Uva

Parlamentares ocuparam espaço de bancadas para apontar prejuízos a Caxias do Sul


A decisão do Conselho Consultivo da Festa da Uva de não realizá-la em 2018 pautou as declarações de líderes de bancada na sessão ordinária da Câmara Municipal nesta quinta-feira (04/05). Parlamentares responsabilizaram a Administração Municipal, citando uma série de prejuízos a Caxias do Sul e classificando o ato como cancelamento do tradicional evento.

O primeiro a se manifestar foi Renato Oliveira, pelo PCdoB. O comunista iniciou sua fala questionando qual secretaria municipal está efetivamente funcionando e qual deve ser fechada. Ressalvou que a exceção é a Procuradoria-Geral do Município.

Em seguida, Renato declarou que voluntariamente participou de três Festas da Uva e, como vereador, teve projeto de sua autoria aprovado para liberar ingresso ao público um dia da semana no evento. Prosseguiu dizendo que, apesar de crises financeiras, todos os prefeitos encontraram forma de realizar a festa.

O parlamentar declarou que é vergonhoso para a família e as empresas Randon, que tanto apoiaram o tradicional evento, fazerem parte de um governo que agora cancela a edição 2018. Renato citou os Randon porque a presidente da Comissão Comunitária da Festa da Uva é Sandra Mioranza Randon.

“Talvez possamos agendar com o prefeito e chamar a população para saber se ela quer a festa. Ele pega um megafone para ouvi-la. Nossa cidade está caindo no ridículo”, afirmou.

Em aparte, Rafael Bueno/PDT lembrou importância das comunidades, como Clube de Mães, na festa.

“Para que precisamos de gestor da cidade, se tudo é resolvido por meio de conselhos. O gestor é incompetente, covarde e o líder de governo aqui na Câmara não se manifesta”, disse Rafael.

Em declaração de líder do PTB, Adiló Didomenico lembrou que, quando vereador, Daniel Guerra criticou a retirada do desfile da Festa da Uva da Sinimbu.

“Agora, ele consultou alguém se a festa deveria ser feita? E o trade turístico como fica? Qual credibilidade terá para futuras festas? E o calendários das festas regionais? Isso é falta de ousadia”, questionou Adiló.

Ele alertou que o adiamento implica em questões programadas com antecedência, como projeto de captação de recursos, reservas de espaço para exposições, entre outros. Também lamentou que as famílias Mioranza e Randon tenham seus nomes envolvidos na decisão.

Em aparte, o petebista Flávio Cassina destacou o prejuízo econômico “incalculável”, lembrando que a última edição gerou 1.250 empregos e deu lucro direto de R$ 6 milhões.

Também em declaração de líder, Paula Ioris/PSDB pediu reflexão sobre dois pontos: um deles considerando a Festa da Uva como alternativa de desenvolvimento, alavancando o comércio, a rede hoteleira e motivando as pessoas; a outra o que de fato está por trás da decisão.

“Para mim é a forma individualista que se governa a cidade.  Não está havendo união. As decisões são individualistas, na saúde, sobre a Visate, sobre a Maesa”, comentou.

Em aparte, Elói Frizzo/PSB afirmou que Daniel Guerra tem obsessão por desmanchar tudo, “uma coisa de doente mental megalomaníaco”.

“Temos várias pessoas daqui que fariam a festa. Mas ele tomou uma atitude covarde contra símbolo da cidade. Destrói a economia, porque há todo um planejamento regional por trás. O fato de realizá-la de dois em dois anos também era para não coincidir com a eleição”, declarou.

Pelo PT, Rodrigo Beltrão afirmou que o prefeito sofre de  bipolaridade, porque para alguns temas ele promove entrevista coletiva e, para outros, como nesse caso da Festa da Uva, esconde-se sem dar explicação.

Na declaração do PMDB, Paulo Périco lembrou que ainda em março disse que não haveria a Festa da Uva. Revelou que uma das princesas lhe contou ter sido questionada se concordava em ficar mais tempo no cargo caso não houvesse evento em 2018.

“Esses dias, quando aqui falei em liderança, pedi qual era o planejamento estratégico desse prefeito. Não existe plano de desenvolvimento do nosso município. Faltou diálogo para a transição com a comissão anterior da festa”, comentou.

O peemedebista prosseguiu dizendo que se o evento ocorrer em 2019 acabará concorrendo com a Fenavinho de Bento Gonçalves. Lembrou que em outras crises, prefeitos nunca deixaram de promover a festa.

Em aparte, Edson da Rosa/PMDB afirmou que não está surpreso com a decisão, mas triste. Citou perdas econômicas, culturais e que a cidade ficará com imagem negativa nacionalmente.

04/05/2017 - 14:01
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Clever Moreira - 8697

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