Reforma trabalhista e a situação de estradas do Rio Grande o Sul estiveram em discussão, no início da sessão ordinária desta quinta-feira (27/04), no plenário do Legislativo caxiense. Por acordo das lideranças das bancadas partidárias da Casa, quatro órgãos representativos ocuparam a tribuna.

A presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv), Silvana Piroli, mencionou que as reformas da Previdência e trabalhista irão afetar diretamente categorias como a dos professores e trabalhadores rurais. Para ela, uma das consequências será a precarização dos empregos. Lamentou a aprovação de ontem, na Câmara dos Deputados, do texto-base das mudanças, na legislação do trabalho. Agora, o texto seguirá para apreciação, no Senado.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza e Conservação de Caxias do Sul (Sindilimp), o ex-vereador Henrique Silva fez coro às colocações de Silvana, criticando as reformas propostas pelo presidente Michel Temer. Pontuou que o Brasil passa por crise institucional e política e que as mudanças seriam um retrocesso, nas relações entre empregadores e trabalhadores. Pediu que a comunidade apoiasse a paralisação nacional de amanhã, em todo o Brasil, contra as citadas reformas.

Representante da Associação Regional dos Deficientes Físicos (A/Rampa), Elisabeth Maria de Cesaro também externou preocupações. Explicou que, se aprovadas, as alterações irão revogar a lei 8.213, de 24/07/1991, que obriga as empresas brasileiras a destinarem um percentual de seus postos de trabalho a pessoas com deficiência.

Para o presidente da Associação dos Usuários de Rodovias do Rio Grande do Sul (Assurcon), David Emenegildo Vicenço, o Estado passa por mudanças de conceito, com tendência de privatização de empresas públicas. Lamentou o que chamou de falta de atenção do poder público a estradas gaúchas.