Até a última quarta-feira, 16.348 pessoas aguardavam por consulta na rede municipal de saúde, condição que não pode deixar de ser cobrada pelos vereadores. Este foi o tom do pronunciamento do vereador Rafael Bueno/PDT no Grande Expediente da sessão ordinária desta quarta-feira (26), em desdobramento à sequencia às críticas feitas pela Casa à falta de diálogo que levou ao impasse no atendimento no Sistema Único de Saúde gerenciado pelo município. 
O parlamentar contestou a visão de leitor veiculada na imprensa local que atribuiu ao Legislativo responsabilidade por meter lenha na greve dos médicos. Relatou o esforço dos vereadores para cumprir o dever constitucional de zelar pela qualidade dos serviços e o empenho de todos no restabelecimento do diálogo. Manifestou sua preocupação com o rumo da greve dos médicos diante da decisão do Ministério Público do Trabalho em desautorizar o Sindicato dos Médicos como parte da negociação. 
Bueno pondera que ainda não se tem notícia de algum caminho que leve a mediação do conflito de interesses, pois o Sindiserv não tem vindo a público propor alguma solução, enquanto o prefeito Daniel Guerra mantém sua posição. Enquanto isso, a rede de saúde não tem como atender a demanda cada vez maior por consultas com especialistas. E cobrou da Administração a existência de uma caravana de médicos que estariam prontos para ser contratados. Ao invés dos 80 anunciados pelo prefeito, 40 saíram, assinalou o vereador. 
Descreveu as condições dos postos de saúde onde faltam medicamentos, material básico de assepsia e até de higiene, relatado já pelo Sindicato dos Médicos. Ao final, Rafael Bueno reafirmou a função que vai continuar respeitando os que pensam o contrário, mas seguirá fiscalizando e fazendo de tudo para que o cidadão não seja ainda mais prejudicado. Ele comemorou o resultado do envolvimento que mantém com a comunidade, na conquista da UBS do Cristo Redentor que deve ser entregue em junho e de cuja implantação foi o idealizador.