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Beltrão alerta para mais crise na saúde

Vereador está preocupado também com acesso a medicamentos


Utilizando o Grande Expediente na Sessão Ordinária desta terça-feira (25), o vereador Rodrigo Beltrão/PT abordou as dificuldades enfrentadas pela população que necessita recorrer ao sistema público de saúde em Caxias do Sul. Para ele, o acirramento das relações entre a Administração e os médicos vem comprometendo o atendimento não só em relação às consultas com especialistas como igualmente ao atendimento básico.

O petista criticou a intransigência dos dois lados que não conseguiram perceber a gravidade da situação. Este comportamento, pelos levantamentos feitos pelos assessores da bancada do PT, tem revelado uma escalada do passivo de consultas na rede pela falta de atendimento e sem perspectiva de normalização.

Faltam pediatras, ginecologistas e até clinico geral. No entender do parlamentar, nem a gestão básica da saúde vem sendo cumprida pelo prefeito Daniel Guerra/PRB, o que contraria o compromisso de campanha de priorizar as áreas de saúde, educação e segurança.

O parlamentar fez um apelo à sensibilidade das partes e insistiu na reabertura do diálogo ao invés da judicialização, que tem sido uma prática desta gestão. Para ele, esta queda de braço assusta a população usuária do Sistema Único de Saúde, às vésperas do inverno e o início de uma temporada de frio que se anuncia para esta semana, alerta já feito por pneumologistas.

O vereador finalizou comparando a gestão Guerra com a de Temer, pois ambos pregam o estado mínimo. No caso de Caxias do Sul, o petista vê com temor o risco de que a terceirização já prevista para a área da saúde alcance outras áreas do município, como a Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca).

Beltrão realçou a expectativa que nutre quanto à aprovação de projeto de lei de sua autoria, resultará no maior controle social quanto à disponibilidade de medicamentos na Farmácia Popular.  A proposta contida no Projeto de Lei é que o estabelecimento liste e torne público quais os remédios existentes e quais os que estão em falta acompanhado da previsão de reposição. Para ele essa informação facilita a vida do cidadão.

A vereadora Denise Pessôa/PT chamou a atenção para o risco de Caxias ficar sem a Farmácia Popular por decisão da União, e da Farmácia do IPAM, cujo Conselho decide o futuro do estabelecimento nesta terça. E manifestou sua preocupação com a convocação extraordinária pelo Executivo do Conselho Municipal de Saúde para avaliar a terceirização dos serviços da Unidade de Pronto-Atendimento da Zona Norte, modelo do qual discorda.

Sobre o IPAM, o vereador Alceu Thomé/PTB  lembrou o esforço que gestões anteriores fizeram para manter o convênio com a Fiocruz, diferencial no atendimento das Farmácias. O vereador Paulo Périco/PMDB relatou contato mantido com os funcionários da Farmácia, que confirmaram a estratégia adotada pelo gestor do IPAM de reduzir as compras de medicamentos, o que provocou aumento nos preços de aquisição e assim expondo uma situação de inviabilidade do estabelecimento.

Édio Elói Frizzo/PSB fez uma analogia sobre o papel da Procuradoria Geral do Município que, interpretando o pensamento dos servidores mais favorecidos do município, vem defendendo a limpeza de área para que o município fique só com exclusivamente com a Previdência, e não mais com farmácia. Essa postura viria das duas últimas gestões.

Referindo à abordagem feita por Rodrigo Beltrão sobre o atendimento na rede básica, o vereador Adiló Didomenico/PTB  sugeriu que o município realize um mutirão convocando e pagando horas extras para os médicos que não aderiram à greve. 

25/04/2017 - 12:06
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Paulo Cancian - MTE 3.507

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