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Vereador Jó Arse denuncia supostas irregularidades em gabinete de Daniel Guerra

Pedetista apresentou indícios de que assessor político ganhou salário sem comparecer ao Legislativo caxiense


O vereador Jó Arse/PDT encaminhou, nesta quinta-feira (20/10), representação para que a Comissão de Ética Parlamentar (CEP) investigue suposta irregularidade cometida durante o mês de abril de 2016 pelo advogado e então assessor político do vereador Daniel Guerra/PRB, Heron Grohler Fagundes, que não teria comparecido ao trabalho por vários dias seguidos. Na tribuna, Jó acusou o republicano de ter sido conivente com a ocorrência, ao ter assinado o registro de efetividade do servidor, permitindo o pagamento integral de seu salário. O documento foi divulgado pelo pedetista durante a sessão ordinária, no plenário da Câmara Municipal.

Conforme Jó, a suspeita de que havia irregularidades no gabinete do republicano vem de longa data. “Desde meados de 2014, eu já havia notado a ausência de Heron nos corredores”, manifestou Jó, referindo a proximidade de seu gabinete com o de Guerra. O parlamentar também expôs, no telão do plenário, um vídeo resumido de 540 horas de gravação, capturadas por três câmeras de segurança entre os dias 23 de abril e 9 de maio deste ano. Conforme o pedetista, em nenhum momento foi localizada qualquer imagem de Heron circulando pela Casa Legislativa.

Além disso, Jó mostrou documentos expedidos pela Justiça do Trabalho e pelo Fórum de Caxias do Sul. Nestes, é citado o nome de Heron, revelando que o advogado estava em atividade nas Varas da Justiça do Trabalho, durante o horário de expediente legislativo. “Esta é uma ocorrência gravíssima e a Comissão de Ética da Câmara Municipal precisa tomar postura firme com relação ao caso”, bradou.

Para Rafael Bueno/PDT, integrante da CEP, o tema deverá ser encarado com seriedade pelo grupo. “Trata-se de um ato muito grave cometido por um assessor que, neste caso, também é coordenador de campanha do referido vereador nas atuais eleições ao Executivo”, acusou Bueno. Guila Sebben/PP foi mais enfático: “Contra imagens não há argumentos. Esta acusação é contra um CC (cargo em comissão), pago com o dinheiro público. Na iniciativa privada, uma situação como essa é encarada como demissão por justa causa, tanto para o chefe como para o subordinado”, definiu o progressista.

A denúncia de Jó rendeu outros comentários e críticas ao vereador Guerra, além da expectativa de agilidade da Comissão de Ética no encaminhamento do tema apresentada por alguns parlamentares. Dentre os vereadores que se manifestaram, estavam Pedro Incerti/PDT, Edio Elói Frizzo/PSB, Virgili Costa/PDT e Gustavo Toigo/PDT.

O advogado Heron Grohler Fagundes não é mais assessor político de Daniel Guerra. Conforme documentos oficiais do Legislativo caxiense, ele foi exonerado em 10 de maio de 2016.

 

20/10/2016 - 19:32
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): João Roberto Hunoff - MTE 5.247
Redator(a): Rodrigo Terribile Rossi

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