VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Senhor presidente e nobres colegas, eu peço a palavra neste momento para ler um voto de congratulação coletivo, que vai ser protocolado ainda hoje, com assinatura de todos os vereadores aqui da Casa em homenagem ao Esporte Clube Juventude, time que orgulha muito a nossa cidade, o nosso Estado, a nossa região e que, enfim, voltou para o lugar dele que é a elite do futebol brasileiro.
 
VOTO DE CONGRATULAÇÃO
 
 
Quando um time movimenta uma cidade e vira destaque entres as principais equipes de futebol de um país, mexe com o coração, a emoção e as expectativas de muita gente. A comunidade de Caxias do Sul provou desse sentimento, na última sexta-feira (29/01), quando comemorou a volta do Esporte Clube Juventude para a série A do Campeonato Brasileiro.
O Verdão subiu de divisão com a vitória sobre o Guarani, no Brinco de Ouro, em Campinas, por 1 a 0. O gol foi de Renato Cajá e a festa, essa está sendo de toda a torcida e de quem simpatiza com o bom futebol do interior. Por isso, todos os jogadores, o técnico Luís Carlos de Oliveira Preto, o Pintado, toda a equipe técnica, a direção do Ju, representada pelo presidente Walter Dal Zotto Jr., e os torcedores e as torcedoras merecem nossos cumprimentos.
O Esporte Clube Juventude foi fundado em 29 de junho de 1913, por um grupo de 35 jovens caxienses apaixonados por futebol. As cores escolhidas para simbolizar o clube foram o verde e o branco, por isso alviverde, que permanecem desde aquela época. Esse time que já nos trouxe tantas alegrias e títulos, como a Copa do Brasil, em 1999, retorna para a elite do futebol, ajudando a fazer com que a terra da Festa Nacional da Uva torne-se ainda mais conhecida pelos moradores das diversas regiões do Brasil.
Mais do que nunca, o Esporte Clube Juventude merece nossa consideração e um forte agradecimento desta Casa Legislativa pelo esforço, pela garra e pela vontade de superar obstáculos e vencer a partir do esporte. Recebam este Voto de Congratulação também como um reconhecimento da Câmara de Vereadores. Parabéns, Papos, como são chamados os torcedores do Ju! Parabéns a todos que apostam e vibram com a conquista desse grande time e que novas vitórias venham por aí. Estaremos sempre na torcida pelos times de nossa Caxias do Sul!
 
Marisol Santos
Vereadora/PSDB
 
(Texto fornecido pela oradora.)
 
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Quando possível um aparte, vereadora?
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Por favor.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Obrigado, vereadora Marisol. Eu quero também fazer aqui os meus parabéns ao Esporte Clube Juventude, a toda torcida da Papada, por realmente conquistarem este grande título e o retorno para Série A. Nós sabemos o quanto é de extrema importância para o nosso Clube Juventude estar na Série A para representar mais do que nunca a nossa cidade de Caxias do Sul. Então nós temos a certeza absoluta que, após este momento, esta grande conquista, muitas coisas, vereadora Marisol e nobres vereadores e vereadoras, estarão para acontecer ao Clube Esporte Juventude, o qual merece o nosso grande apreço. Era isso. Muito obrigado.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Um aparte, vereadora?
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Por favor. Um aparte ao vereador Adriano Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Gostaria de parabenizar ao Esporte Clube Juventude e principalmente ao guerreiro, que é o presidente Valter Dal Zotto Júnior, que acreditou, que assumiu em extremas dificuldades o clube e levou o nosso Juventude até a Série A. Então, além dos jogadores, Comissão Técnica, que a gente tem que parabenizar muito o nosso presidente e todas as pessoas que trabalham ao redor do clube e também nosso querido amigo Bruno Brunelli, que também faz parte, e os conselheiros todos do Esporte Clube Juventude que merecem esses parabéns e estamos com o Juventude na A e, se Deus quiser também, o Caxias tendo sucesso e subindo de divisão.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Um aparte, vereadora?
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Concedido o aparte, vereador Marcon.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Bem rapidinho, vereadora. Eu me tornei juventudista em 1999 com a conquista da Copa do Brasil. Muitas vezes, de lá para cá, eu me arrependi porque o sofrimento é muito grande. Muitas vezes dizem que o esporte imita a vida. Eu estive no descenso à Série D em Criciúma. Foi a viagem, talvez, mais longa da minha vida, voltando de Criciúma, e só quem gosta de futebol sabe o vazio que é quando um time é rebaixado. Eu estive em Blumenau quando o Juventude empatou com o Metropolitano. A viagem de volta, com chuva, nós demoramos 12 horas para voltar em um ônibus, digamos, não tão bom. Eu estive em todos os acessos e quero dizer para vocês que a vida também é assim de altos e baixos. Hoje o Juventude está aqui, a gente está parabenizando. Amanhã ou depois, a gente sabe que derrotas vão acontecer, mas queria parabenizar este meu clube que tanta dor de cabeça me deu nesses meus anos de vida e tantas alegrias têm dado também.
VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Um aparte.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Um aparte, vereador?
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Então é importante dizer que, quando a gente mexe com amor, a gente mexe com muitos sentimentos. Hoje a comunidade está feliz e tenho certeza que financeiramente isso vai representar bastante para Caxias do Sul também porque, querendo ou não, é uma vitrine... O futebol é uma vitrine em nível nacional. Então parabéns ao meu clube. Sinto-me honrado de torcer ao Esporte Clube Juventude.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Um aparte ao vereador Daneluz.
VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Muito obrigado, vereadora Marisol. Eu queria, primeiramente, te parabenizar por puxar a frente para esse voto de congratulações, e dizer da importância que é para o município de Caxias do Sul ter o Juventude na Série A, não é. Parabenizar toda a equipe que puxou e que trabalhou para que isso pudesse acontecer. Muito importante será para os torcedores, mas também, para vereador Felipe, para todo o trade turístico de Caxias do Sul. Nós vamos estar evidenciando Caxias do Sul na televisão, nas transmissões. Estaremos recebendo pessoas de outras cidades, que vão estar se alimentando, abastecendo, enfim. É uma grande movimentação que nós teremos em Caxias do Sul. E que seja por um longo período que isso possa acontecer. Muito obrigado.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Um aparte, vereadora.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Perfeito. Um aparte concedido ao vereador Cadore.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Caxias do Sul respira entusiasmo e respira alegria depois desse feito que o Juventude conquista. A cidade precisa de entusiasmo. O Juventude veio nos trazer isso. O esporte, eu que pratico esporte intensivamente até hoje, modéstia a parte, sou conhecido como o homem dos mil gols... (Risos) Eu sabia, eu sabia, eu sabia. Eu vejo no esporte um grande caminho para divulgar a cidade, para divulgar as tradições, para divulgar a história da região e da cidade de Caxias do Sul. O que o Juventude fez para nós, para a nossa cidade, não tem preço. Não caiu a ficha de quanto é importante participar da elite do futebol brasileiro, e o Juventude, nesse momento, galgou esse feito. Para encerrar, eu gostaria de parabenizar e, aqui de público, a toda direção do Juventude, através do presidente Valter, através do vice-presidente Orvaldo, e toda a comissão técnica, todo o grupo de profissionais que fizeram com que o Juventude chegasse a essa conquista. Parabenizo todos eles. Parabenizo Caxias do Sul e tenho certeza de que nós, com essa conquista, Caxias do Sul juntamente com a Festa da Uva, irá sempre levar o nome da nossa cidade para os quatro cantos do nosso país. Parabéns. Sorte e felicidade para todos nós.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Muito obrigada. O seu aparte, vereadora Gladis.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Eu também gostaria aqui de dizer que me tornei torcedora do Juventude conhecendo a torcida Nação Verde. A Nação Verde fazia parte das gincanas do Desvio Rizzo, era da Equipe Energia. O amor que aqueles jovens tinham por esse time, e aqui eu gostaria de lembrar o Fabiano Turmina, da Vanessa Falcão e da Mari Rufato, da Rafaela Rufato, que são pessoas que me ensinaram a amar esse time. Dizer que o carinho e ser torcedora do Juventude veio através da torcida Nação Verde. A importância que é o time Juventude estar onde está, para Caxias do Sul, é uma vitrine, como alguém falou aqui, um vereador falou que leva o nome da nossa cidade. Parabenizar e dizer que a gente está muito orgulhoso, orgulhosa de fazer parte da torcida do Juventude. Obrigada.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Em virtude de que estourou o tempo, vamos dar um minuto para a Estela e depois um para o Lucas.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): No ano passado, quando nós subimos para a Série B, nós estávamos todos juntos no estádio nos abraçando, sorrindo juntos, chorando juntos. Este ano, em virtude da pandemia, nós subimos para a Série A não estando juntos, mas estando conectados. Essa vitória honrou que o verde é a cor da esperança. Nós nos conectamos com os nossos vizinhos, que não conhecíamos; olhamos para outra pessoa na rua, que a gente não conhecia, que estava vestindo a camisa do Juventude com alegria, com esperança. Eu acho que isso, num momento de tantas tristezas, é importante ser falado. A gente teve uma alegria. O futebol nos traz isso. As nossas paixões nos trazem isso. O Juventude honrou o nome da cidade de Caxias do Sul e honrou o verde da esperança para os caxienses.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Obrigada, vereadora. Obrigada, presidente.
 

 

Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Bom dia, presidente, a todas e a todos. Gostaria só de fazer uma saudação hoje, hoje dia 2 de fevereiro é dia da Nossa Senhora dos Navegantes, protetora do Município de Porto Alegre. Então, aos católicos, a bênção de Nossa Senhora dos Navegantes, e aos africanistas. Ontem, eu recebi várias ligações de ialorixás e babalorixás da nossa cidade que cultuam no Candomblé, na Umbanda, no Batuque ou na Nação Iemanjá que, aos africanistas, é a orixá que cuida das águas do mar, dos pensamentos, da fertilidade. Então um tema importante que eu achei destacar e principalmente, na procissão de Nossa Senhora dos Navegantes em Porto Alegre, que tem mais de 140 anos, a prática do respeito e da diversidade religiosa tão necessária nos nossos tempos. Para quem conhece Porto Alegre, feriado hoje na capital. E, infelizmente, não haverá procissão em razão da pandemia. Então que Nossa Senhora dos Navegantes, Iemanjá, nos abençoe e nos proteja e que a prática do respeito à diversidade e a tolerância religiosa sirva de exemplo, porque o nosso mandato vai trazer em vários momentos esses temas, essas questões para a gente conversar. Obrigado, presidente.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Bom dia a todos e todas. Primeiramente, desejar um ótimo ano legislativo a todos os vereadores. Estava aqui muito atenta observando a fala, a mensagem do prefeito. Confesso que achei muito breve e que faltaram, no meu ponto de vista, alguns elementos, porque, para além de uma intenção de que a cidade seja retomada no seu campo de desenvolvimento, eu vejo que tem passos a serem dados para que a Prefeitura, para que a cidade realmente volte a uma dita normalidade ou a um novo normal, porque, no pós-pandemia, certamente, muitas coisas mudarão. Então a gente não pode achar que só basta a gente querer que se retornem as atividades e que isso é o suficiente. Então o que eu vejo e o que eu senti falta e fiquei muito atenta escutando, eu senti falta da palavra vacina, de quais sãos as perspectivas reais da população caxiense. Eu sei que ainda é muito recente, mas todo o governo que se inicia e que quer a retomada, de fato, das cidades em suas atividades, precisa olhar com muita atenção e preocupação o tema da vacinação em qualquer espaço do nosso país. Bom, Caxias do Sul iniciou, sim, o processo de vacinação, assim como no Brasil todo, nesses últimos 13, 12 dias mais ou menos, e o que a gente vê, na verdade, é um crescente número de mortes no Brasil, já passam de 220 mil mortes por Covid no Brasil. Uma média de 1.300 pessoas morrem diariamente em função da Covid, e a vacina ainda é uma miragem no Brasil. Mesmo com a vacinação iniciada, a gente não chegou a 1% da população brasileira vacinada. E isso, se a gente for calcular, termina o governo Bolsonaro antes de terminar a vacinação no Brasil. A gente tem uma média que vai dar em torno de 3 anos e 5 meses para vacinar toda a população brasileira. E, nesse período, não tem economia que aguente, saúde que aguente. A gente vai empilhar muitos mortos ainda. Então, em nível de Brasil, isso é um problema e é um problema muito sério. A gente, claro, comemora a chegada da vacina, mas a gente tem que ter a nitidez de que ainda são muito tímidas as ações do governo federal no que tange à vacinação. A gente tem, hoje, uma perspectiva, a gente tem 12 milhões de vacinas no Brasil, hoje, que é fato concreto, e a gente tem uma perspectiva de mais 54 milhões, pela Fiocruz, sendo disponibilizadas, mas que o governo federal ainda não deu o aceite que vai comprar essas vacinas. A Fiocruz tem sinalizado que, se o Ministério da Saúde não se manifestar na compra das vacinas, essas vacinas serão exportadas. Olha o escândalo disso. Vacinas produzidas no Brasil sendo exportadas para a Argentina, para outros países, porque o Brasil não sinaliza. O Brasil, o presidente Bolsonaro, sinaliza que agora quer investir na Sputinik. Uma vacina Russa que parece que vai ser produzida por uma empresa brasileira, que a especialidade é fazer aquele Vodol, que é um remédio para calos, e não tem nenhuma experiência em vacina, mas parece que tem alguns amigos, ex-políticos que estão envolvidos nessa empresa e por isso deve ser prioridade. Então uma empresa que já foi fiscalizada pela Anvisa e já demonstrou que não tem capacidade para a produção de larga escala para a vacina. Uma empesa que não tem histórico e não tem registro das entidades de saúde no Brasil para produzir vacina, o Governo Bolsonaro opta que essa deve ser prioridade e não comprar a Coronavac, que já está sendo aprovada, que já foi aprovada pela Anvisa, que teve a live da Anvisa e isso é uma escolha que vai matar muita gente, além das que já estão sendo mortas. A gente está vendo Manaus o jeito que está e a gente não vê uma luz no fim do túnel. A gente vê ações que dirigem o Brasil no sentido de matar mais gente, de aumentar o lucro de alguns, de liberar para a iniciativa privada comprar a vacina. Isso a gente não pode aceitar. Comprar, deixar que a iniciativa privada compre vacina é furar a fila. É a mesma prática daquele motorista que não aguenta o congestionamento que passa pela direita para passar pelas pessoas no trânsito. Porque existe uma fila no SUS organizada com prioridade. A vacinação tem que ser pensada como algo coletivo e não algo individual. A gente não se vacina para não morrer ou para não ser contagiado. A gente se vacina para impedir que o vírus se prolifere, para conter o vírus. É uma lógica coletiva e não individual. Então no Brasil está sendo permitido e, na semana passada, tinham vários laboratórios particulares tentando comprar as vacinas. Não existem vacinas sobrando. Falta vacina! E a prioridade tem que ser os governos e não a iniciativa privada. As pessoas que têm mais chances de irem a óbito precisam ser prioridades. Os idosos precisam ser prioridade e isso tem que ser uma lógica de todos os governos, do Município, do Estado e do Brasil. Porque só assim a gente vai salvar vidas. A gente tem países, como Israel, que 50% da população já foi vacinada. E isso já diminuiu muito o nível de internação, das pessoas em UTI. Então a forma de trazer a população de volta é pensar e priorizar a vacinação. Fora disso, é iludir a população e matar e empilhar mortes. Então eu vejo que, inclusive nesta nos últimos dias, tem a notícia da Fiocruz que fala dessa possibilidade de exportação das vacinas, mas que ela também pode vender para municípios e estados no Brasil. Caxias do Sul precisa pensar também alternativas porque no nosso, a nossa média de vacinação, a gente vacinou 7.613 pessoas, em 13 dias aproximadamente. Isso dá 586 pessoas/dia. Nessa média, a gente vai chegar a quase dois anos para vacinar toda a população caxiense. Aqui eu estou considerando uma dose, sendo que as duas vacinas que estão disponíveis hoje precisam de duas doses. Então provavelmente a gente não vai dar em dois anos. Vai ser em muito mais. Talvez quatro se a gente pensar as duas doses. Então é algo muito preocupante. A gente precisa pensar se a gente quer que a população tenha imunidade, a gente precisa pensar em acelerar esse processo. Ou fazer movimento com o Governo de Estado ou uma coisa também não exclui a outra. Fazer movimento com o Governo Federal para realmente priorizar as vacinas. O Governo do Estado também pode comprar vacinas e o Governo Municipal também pode comprar vacinas e pode fazer com consórcio, com regiões, com outros municípios para a compra de vacinas, mas a gente precisa aumentar e acelerar o processo de vacinação, para que a gente realmente consiga aumentar, melhorar a economia na nossa cidade. Porque nesse ritmo, quando terminar a vacinação, o vírus já mutou e a gente vai ter que fazer outra vacina. A gente nem termina de vacinar toda a população e a gente já vai ter que mudar a vacina para realmente conter o vírus da melhor forma. Nesse sentido, a bancada do Partido dos Trabalhadores vai estar apresentando uma indicação ao município de Caxias do Sul para que veja a possibilidade, sim, de compra de vacinas junto com outros municípios, que seja através de consórcio, mas que se pense e tenha esse norte, porque não dá para a gente confiar no governo federal. Se nós confiarmos no governo federal, termina o governo Bolsonaro e não termina a vacinação no Brasil, e as mortes serão constantes no nosso país. Essa é a dura realidade. Não vê quem não quer, porque o mundo inteiro já está enxergando isso. Aqui, nós estamos diante de um governo que é genocida, que decide, ataca a ciência, não só não vacina a população como ataca as vacinas, criticou até ontem e agora mudou o discurso dizendo que as vacinas talvez sejam boas, mas não vai se vacinar. Força um discurso, mas que demonstra, na verdade, que ele não tem interesse na população vacinada. Então, a gente precisa, realmente, pensar isso como sendo um norte se queremos que a cidade volte ao seu desenvolvimento, na medida do possível, com todas as limitações de saúde. Era isso. Obrigado.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR JOSÉ DAMBRÓS (PSB): Bom dia, senhor presidente. Bom dia, colegas vereadores. Eu quero falar de um tema o qual me deu o pão de cada dia por mais de 15 anos. Eu quero falar da nossa classe artística de Caxias do Sul e falar também das indicações que eu fiz à secretária da Cultura Aline Zilli, que, por sinal, muito querida, muito atenciosa e com muito conhecimento. Nós temos, tivemos mais de três milhões para Caxias da Lei Aldir Blanc, a qual contemplou em torno de 500 artistas. No último edital, em torno de 295 projetos foram aprovados, e que, gentilmente, a secretária deu mais 30 dias de prazo para as prestações de contas. Mas eu quero falar da importância dos grupos gaúchos, das bandas da nossa cidade, desses que contribuem para o social, desses que fazem sempre uma Caxias mais humana, que quando, desde o dia 15 de março de 2020, não têm trabalho. E ao redor de um grupo gaúcho, de uma banda nós temos o roadie, nós temos o técnico, nós temos muita gente. Então eu, inclusive, quero listar para os senhores aqui os grupos e bandas que nós temos na cidade e que estão parados. Então a minha ida lá com a secretária Aline foi de ter, na Secretaria, um departamento que auxilie esses grupos a ter como fazer o projeto, porque dinheiro tem, mas eles não conseguem fazer o projeto. Então tem que ter um departamento na Secretaria da Cultura que auxilie essas bandas, esses grupos a desenvolverem os projetos para buscar recursos.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Um aparte, vereador?
VEREADOR JOSÉ DAMBRÓS (PSB): Porque na hora que precisa, quando queima uma casa, precisa fazer um jantar beneficente, é o grupo que vai tocar de graça. Quando precisa para comprar um respirador ou alguém que está doente, é o grupo que vai lá e toca de graça. Então um departamento que auxilie para que se busquem recursos para essas bandas que estão passando muitas dificuldades. Seu aparte, colega Wagner.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Bom dia, vereador Dambrós. Bom dia, colegas vereadores e vereadoras. Quero te parabenizar, vereador Dambrós, meu colega de partido, por essa fala em defesa da classe artística. E aqui fica uma fala minha também, Dambrós, que é um assunto que eu trouxe muito a esta Casa no ano passado, que, como o senhor mencionou, desde 14 de março do ano passado, tem gente que ainda não conseguiu trabalhar. Tem setor aqui de Caxias do Sul, muitos conhecidos meus, com enorme dificuldade devido à politicagem de dois extremos, tanto para um lado quanto para outro. Parabenizo aqui o vereador Bortolla, que faz um movimento em defesa do setor de eventos também, trazendo pessoas, empresários, aqui para a Prefeitura, conversar com Setor de Urbanismo, com o prefeito Adiló, para que se possa resolver de alguma forma. Vou dar um exemplo, Dambrós, para não comer muito teu tempo. As eleições do ano passado muitas pessoas estavam na rua, eu estava lá também; final de ano, praias lotadas, eu estava lá também, e agora a comemoração do Esporte Clube Juventude que todas as pessoas, muitas que criticam a volta do trabalho de alguns setores estavam lá também. Então quando é para o bem ou para o seu próprio interesse, as pessoas vão. Então que a Prefeitura, o Governo do Estado dê assistência, garanta saúde a essas pessoas, agilize as vacinas. Não fiquem: “Ah, eu vacinei primeiro. Eu consegui a vacina primeiro”. Executem, façam o serviço e flexibilizem essas pessoas para que voltem ao trabalho. Obrigado, vereador, pelo aparte.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Obrigado, Wagner. Pois, veja a Feira do Livro em Caxias. Um monstro de um palco, equipamentos, qual é a diferença de ter um músico tocando? Nenhuma. Então falta traquejo. Sugeri que nas Feiras dos Agricultores, que na Maesa, que tenha também nas mateadas, que tenha inauguração de rua com artista local. Tem que valorizar o artista local. E mais, na Festa da Uva, lá na degustação, tem que ter um espaço para artistas locais. Lá, na Festa da Uva do ano que vem, 2022, tem que existir um espaço para que os artistas locais que apresentem, divulguem a nossa cidade. Porque lá, chega o turista, vai degustar uma uva, daqui a pouco desce um gaiteiro, já bate uma foto. Hoje com a internet é fácil de mandar para a sua cidade de origem, traz mais turistas ainda. Então o palco na degustação com artistas locais. Então muitas demandas os artistas não são valorizados, quando a Festa da Uva chega ou muitas vezes colocam um palco que não dá uma alma viva. Então é importante que nós tenhamos na Festa da Uva, lá na degustação, um palco para os artistas locais. Olha, eu vou listar para os senhores aqui os grupos, não tem a totalidade, mas tem a maioria dos grupos e bandas de Caxias. Eu ainda tenho mais quatro minutos, para vocês terem uma ideia de quanto é rica nossa cidade. Ela é a capital do CTG, mas daqui saíram muitos, mas muitos músicos que representaram a nossa cidade e que a maioria desses grupos, entre grupos e duplas, não receberam nem incentivo da Lei Adir Blanc. Então eu conheço esse segmento. Então, foram beneficiados muitos artistas? Foram! Mas bandas e grupos não, por quê? Porque não sabem fazer o projeto. São motoristas de uber, são borracheiros, tem a sua lojinha, mas precisam, no fim de semana, tocar seu evento, seu baile. Nós temos o Allison e Revelação Fandangueira, Grupo Arrastão, Musical J.A, Grupo Estância, Irmãos Ramos, Moda Brasileira, Pancadão, Tranco e Vaneira, Tranco Serrano, Toque Fandangueiro, os Caipes, Musical Novo Mundo, Os Campeiros, Grupo Canteriando, Os Dupla Face, Os Caraúnos, Os Bertussi, Fábio Santos, Libertá, Grupo da Chardonnay, Grupo do Fogo de Chão, Grupo do Bife, Grupo do Gauchinho, Estação Mil, Marca Bagual, a Estrela da Serra, Irmãos Borges, os Gaudérios do Sul, os Gaudérios Serranos, Grupo Imagem, Fole Gaúcho, Companhia do Gaitaço, Herança Gaudéria, Herança Fandangueira, Zo Scarpon, Itamone, Marcas do Pampa, Banda Balada, Cor de Caramelo, Os Cobras do Teclado, Alma Campeira, Grupo tropeada, Gaita Serrana, os Galponeiros, Grupo do Paiol, grupo do Paiol, grupo do Clube Vitória, grupo do clube Rodeio, Zé Lopes e Grupo Cambona, Grupo Sanfonaço, Canto Charrua, Ataque Fandangueiro, Los Medonhos, Grupo Novidade Velha. Isso dá mais de 500 famílias. Isso dá mais de 500 famílias. Dessas 500 famílias, dois, três conseguiram receber esse recurso da Aldir Blanc. Então, tem alguma coisa errada. Pois não.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Concordo plenamente com essa luta, porque, há poucos dias, nós recebíamos reclamação das quadras esportivas. E elas seguem o mesmo raciocínio. Eu discordo que as casas de eventos, enfim, casamentos... Nós lutamos agora para a volta das escolas, das aulas. Nós precisamos da retomada desse segmento também, porque não se suporta mais esse longo tempo. Isso causa muito problema financeiro, depressivo. Temos que fazer com que as atividades... E temos o prazer de ter um prefeito que defende essa bandeira. Só que as dificuldades são os protocolos que temos que seguir no estado. Ontem mesmo, nós tivemos audiência com o prefeito, juntamente com o Scalco, com o Marcon, com o Uez, justamente reivindicando isso: a reabertura dos eventos, a reabertura das atividades sociais, juntamente com isso, a luta para que as aulas sejam retomadas dentro da plenitude ou parcialmente. Concordo e parabenizo.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Obrigado. Me perdoe quem pediu aparte. Não sei se vai dar tempo. Vinte segundos, 20 segundos. Vamos lá.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): De forma bem rápida, só para complementar a tua fala. (Esgotado o tempo regimental.) Dizer dessa grande necessidade que os músicos estão sofrendo. Quero dizer que me incluo também nessa dificuldade, porque sustentei a minha família com eventos há 10 anos e, hoje, a minha família está parada em casa, esperando que um dia volte o nosso trabalho, que era de lazer com as crianças. Estou com o meu material todo parado, inclusive já vi material que não está mais em condições de trabalho devido a estar parado. Estou com um ônibus também lá parado, já está dessa altura o mato embaixo. Então, uma grande necessidade que nós temos, nós que trabalhamos com eventos, é voltar imediatamente a fazer esse trabalho e levar alegria para a nossa gente de Caxias do Sul e arredores.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Obrigado, Clóvis. Só para finalizar, senhor presidente, eu teria aqui mais 50 grupos, duplas: Ernesto Nunes, Caborteiro, e tantos outros que também não receberam. Então, a indicação foi para a Secretaria da Cultura. Esperamos que tenha um departamento que auxilie esses grupos para que passam desfrutar desse muito recurso que tem para a cultura e que poucos foram contemplados. Obrigado.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Senhor presidente, senhoras vereadoras e senhores vereadores. Primeiramente, uma saudação a todos os colegas vereadores. Teremos quatro anos de muito trabalho, de muito debate pensando sempre no bem de Caxias do Sul. Tenho certeza de que todos aqui estão imbuídos nesse propósito. Um dos assuntos que eu tenho trabalhado muito nos últimos anos e que vou manter esse debate vivo é com relação à região metropolitana da Serra, por tudo aquilo que ela pode representar para a cidade de Caxias do Sul e por tudo aquilo que ela pode representar para a nossa região e para esses 14 municípios que começam a fazer esse trabalho de forma unificada, buscando soluções em conjunto. Eu espero muito e confio muito, vereador Cadore, que o governo do estado já sinalizou que vai fazer todo um trabalho de implementação do sistema de govança ainda neste ano de 2021, o que é fundamental para o andamento da região metropolitana e de tudo aquilo que ela pode trazer de benefícios para esses 14 municípios. A cidade que pensar em fazer esse trabalho de forma isolada, infelizmente, vai caminhar para trás. Até porque vai perder grandes oportunidades. Até porque as regiões metropolitanas têm legislações específicas e têm linhas de captação de recursos em Brasília, que cabem, única e exclusivamente, para esses conglomerados. Então, é urgente que a gente possa fazer esse trabalho e eu tenho trabalhado muito isso, e vou seguir, com muita força, nesse trabalho, nesses próximos quatro anos.
(Segue explanação com auxílio de material visual.) Como já comentei, este ano de 2021 é promissor. Os 14 municípios, para quem não tem conhecimento ainda, são esses: Antônio Prado, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Ipê, Monte Belo, Nova Pádua, Nova Roma, Pinto Bandeira, São Marcos e Santa Teresa. São os 14 municípios que fazem parte dessa lei aprovada na Assembleia ainda em 2013. A gente busca agora a efetivação desse processo todo com o objetivo de ter esse trabalho voltado para essas cidades para que a gente possa ter, o quanto antes, regulamentado isso. A cidade de Caxias atrapalhou a implementação da região metropolitana. Temos que ter ciência disso aqui. Nos últimos quatro anos, a cidade atrapalhou o desenvolvimento da região. Ficamos três anos sem qualquer movimento, pelo contrário, negando a região. A cidade de Caxias do Sul negou a região. Tanto é que projeto de inclusão de Caxias do Sul na região metropolitana foi feito por esta Casa, aprovado por esta Casa. Um projeto de lei desenvolvido por mim e pelo vereador Gustavo Toigo, que foi sancionado como um dos primeiros projetos sancionados pelo prefeito Cassina: a inclusão de Caxias na região metropolitana da Serra. Então, Caxias do Sul tem que entender o seu protagonismo, a sua importância, o seu tamanho porque a gente não consegue imaginar a região metropolitana de Porto Alegre sem a capital, sem a presença de Porto Alegre. Seria a mesma coisa de nós termos a região metropolitana da serra sem Caxias do Sul, é um absurdo, não tem a menor lógica. Então isso Caxias deve para a região, e acho que Caxias do Sul começa a acelerar esse processo por ser a cidade referência. Nós estivemos reunidos na... A minha primeira reunião com o governo foi sobre esse tema, com a vice-prefeita Paula Ioris. Estivemos lá levando essa demanda para ela. E tenho certeza que já vem fazendo um trabalho de antecipação, de aceleração desse processo, inclusive, vereador Cadore, quero cumprimentar o governo neste momento, porque já organiza um seminário para o dia 15 de março com todos os prefeitos que fazem parte da região metropolitana, com todos os presidentes de Câmaras. Vai acontecer um seminário aqui em Caxias do Sul, possivelmente na Universidade de Caxias do Sul para trabalhar as questões da governança com todos esses Municípios. É fundamental isso. Infelizmente, nós não tivemos nenhum ato desse feito nos últimos anos. As únicas que se reuniram foram as Câmaras de Vereadores, e aí o Parlamento Regional tem um papel importantíssimo, porque a Lei da Região Metropolitana da Serra tinha excluído Nova Roma, e o Parlamento Regional conseguiu, através dos deputados na Assembleia, incluir Nova Roma nesse processo da região metropolitana. Então ela é fundamental e eu percebo, agora, o andamento e tenho conversado muito com a vice-prefeita Paula, que assumiu esse papel de implementação da região metropolitana. E esse processo, no dia 15 agora, ele é fundamental para que os Municípios tenham a mesma linguagem, tenham o mesmo pensamento, saibam e tenham as mesmas informações daquilo que o governo do Estado pensa com relação à implementação da região metropolitana da serra. As vantagens, nós temos diversas vantagens, a gente sempre tem pesquisado e tem debatido com outras cidades do país e buscado informações de tudo aquilo que a região metropolitana pode oferecer para essas cidades. E nós não podemos, reforço aqui, pensar a região metropolitana somente como Caxias do Sul. Nós temos que pensar a região metropolitana como 14 Municípios, mais de um milhão de habitantes, com a capacidade de enfrentamento e de busca de recursos do governo federal e do governo do Estado, enfim, nessas várias situações. Inclusive, parcerias que possam surgir tanto entre Municípios como em PPPs que podem resolver diversos problemas históricos da nossa região, e aí a gente pode trabalhar conforme região metropolitana. Tem questões que a gente pode utilizar e copiar coisas boas. Belo Horizonte e a região metropolitana faz uma reunião mensal, que é um colegiado metropolitano que debate todos os meses as questões de mobilidade, de habitação, de saúde e sustentabilidade. Então BH já vem fazendo isso, acho que é algo para se implementar aqui na nossa região também. Curitiba, a região metropolitana de Curitiba, nesse período agora da pandemia, criou o Fórum Metropolitano de Combate à Covid. Curitiba faz, vereador Cadore, o senhor que é dentista, faz um trabalho de monitoramento da saúde bucal dos moradores da região toda, o que é extremamente importante. E isso só acontece com tecnologia. Algo que nós estamos muito atrasados, não é, vereador Scalco, precisamos avançar no processo de cidade inteligente. Nós estamos muito defasados em relação a isso.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Um aparte, vereador?
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): E eu tenho certeza que as cidades, buscando esse trabalho de forma conjunta, faz com que a gente possa acelerar, inclusive, esse processo todo. Vereador Cadore. Depois eu continuo.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Na verdade, Felipe, é muito oportuna essa tua luta, porque nós sabemos que a serra gaúcha precisa muito em todos os setores. E eu tenho observado não só o isolamento e a individualidade dos Municípios, mas também no aspecto político. Não existe uma união, não existe um pleito comum, porque as necessidades são comuns no transporte, no trânsito, na mobilidade, tu falaste agora, na saúde bucal, que eu, como dentista, defendo muito esse aspecto também. Então, projetos que envolvam todos os Municípios, com certeza, o resultado será muito positivo. É exemplo na vida, é no futebol, como nós falávamos há pouco. O Juventude não chegou aonde chegou por ter um goleiro bom, por ter um centroavante matador; ele chegou por causa do conjunto. E nós precisamos, sim, unir as forças. Que todos os Municípios pensem da mesma forma e, com certeza, o resultado será positivo para a nossa região. Parabenizo e acho muito importante essa tua luta.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Obrigado, vereador Cadore. E eu tenho certeza que diversos temas podem ser tratados pela região metropolitana, pela governança da região que vai se formar, porque nós temos o Estatuto da Metrópole em Brasília e que deve ser utilizado, vereadora Denise. A senhora que tem formação na área de Arquitetura sabe o quanto é importante o Estatuto da Metrópole para as cidades que têm uma população muito grande, ou nós aqui, formando esse conglomerado de mais de um milhão de pessoas, podemos captar e buscar recursos para investimento nas mais diversas áreas e que são extremamente importantes. Nós temos aqui a própria questão das Surdolimpíadas, que vai acontecer em Caxias, e que ontem foi tomada uma decisão extremamente importante de adiamento da surdolimpíada, porque não é só no Brasil que falta vacina, vereadora Denise, tem diversos países do mundo inclusive que nem começaram a vacinação. Então isso foi o principal tema, o principal norte ontem de adiamento das Surdolimpíada para maio, porque diversos países que viriam para Caxias do Sul nem começaram a vacinação ainda. Então eles não têm nem previsão de como isso vai acontecer. Então o adiamento da Surdolimpíada para 1º de maio é extremamente importante neste momento e ela tem uma abrangência regional, porque Caxias do Sul vai ser a sede, mas três outras cidades já receberão evento esportivo, que é Flores da Cunha, (Esgotado o tempo regimental.) e Farroupilha. Uma Declaração de Líder, para concluir, senhor presidente.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Uma Declaração de Líder à bancada do MDB, continua com a palavra o vereador Felipe.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Então essas três cidades receberão jogos, além de todas essas cidades receberem visitantes, atletas, comissões técnicas, enfim, a nossa rede hoteleira são em torno de 3.200 leitos e a previsão de 10 mil pessoas transforma a cidade e a necessidade de que a cidade toda da região... (Falha no microfone) Essa capacidade de auxílio também na questão das Surdolimpíada. A gente viu aí movimento nos últimos dias com relação a esse veículo, a esse trem ultra-rápido da Serra até Porto Alegre, enfim, são exemplos que a gente procura trazer aqui para esse debate com relação à Região Metropolitana da Serra. Vereador Lucas, seu aparte.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Parabéns pela sua... Desculpe. Eu ainda estou aprendendo, vereador Fiuza, como devo me portar aqui na fala. Vereador Felipe, sobre a Surdolimpíada, queria dizer que sexta-feira o reitor da Universidade de Caxias do Sul, Evaldo Kuyava, me contatou falando exatamente da preocupação que ele tem da Surdolimpíada, colocando aí o seu protagonismo como vereador desta Casa e a sua preocupação sobre essa evento, que é internacional, e que certamente vai potencializar a nossa cidade, a atuação da nossa universidade na área do esporte, na área da inclusão. Eu quero lhe parabenizar pela sua preocupação e me colocar à disposição, e o nosso mandato, para que a gente possa estar pensando em alternativas para que a Surdolimpíada ocorra em Caxias do Sul, que a gente possa viabilizar, e eu sei que o senhor já está discutindo isso há bastante tempo, mas que o município, através da Prefeitura e de outros órgãos e entidades, possa, enfim, juntamente com a universidade dar as condições para que este evento ocorra apesar do tempo de pandemia, das dificuldades e das precauções todas que vão ser necessárias, mas quero me colocar à disposição para que a gente possa estar conversando e criando condições para que o evento efetivamente ocorra aqui na nossa cidade.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Sem dúvida nenhuma. E acho que a decisão mais importante neste momento foi adiar a surdolimpíada de dezembro agora para maio do ano que vem, até por que, se nós buscarmos as informações, nem a Olimpíada está garantida para este ano ainda. A Olimpíada do Japão que foi adiada em um ano ainda não tem a garantia de acontecer em virtude da pandemia. Então Caxias do Sul não poderia correr o risco de ter um evento muito diminuído em virtude da pandemia. Aí na reunião ontem com todos os integrantes, inclusive os russos estavam na reunião ontem, aceitaram a ideia, acataram a ideia de transferir ela para 1º de maio para evitar essa questão, até porque muitos países da África, da Ásia e mesmo aqui da América Latina ainda nem começaram o processo de vacinação, o que impediria muito desses movimentos todos. Agradeço, vereador Lucas, e vai ser se realmente importante que toda esta Casa abrace a Surdolimpíada, porque é o maior evento que vai acontecer, possivelmente, nos últimos anos. Com relação a essa questão da Região Metropolitana também, nós temos diversas lutas em comum. O Aeroporto da Serra Gaúcha é um. O próprio Porto em Arroio do Sal é outra luta que os municípios da região devem abraçar. Nós temos exemplos de efetivações só... A partir do momento em que a lei existiu, em Porto Alegre, a gente não tem mais aquele DDD, do telefone 51, 54, não existe mais a cobrança à distância. Todo mundo tem o tratamento igual na questão da telefonia, o que é um dos avanços, foi o primeiro avanço da região metropolitana lá em 2013 ainda. Então, nós temos diversos exemplos do que vem acontecendo no mundo. Ontem, vereador Lucas, o senhor que trabalha muito a questão da África também, na última semana, o continente Africano criou a – deixa eu pegar aqui a sigla toda – AFCFTA, que é e a Zona Livre de Comércio Continental. É a maior zona livre de comércio no mundo hoje: 54 países africanos participam dessa Zona Livre de Comércio. É algo gigante. São números impressionantes. Eu até anotei aqui: um mercado consumidor de 1,3 bilhão de pessoas, esses 54 países, com um PIB estimado em 3,4 trilhões de dólares essa zona criada no continente africano, que foi a que eu busquei nas informações ontem. São exemplos do que pode acontecer. Agora, neste momento, está acontecendo, na região metropolitana de Salvador, um encontro sobre a criação das cidades digitais da região metropolitana de Salvador. O que é extremamente importante para a evolução, principalmente nesse período que foi tão necessária a utilização do computador, da inteligência, e isso vai ficar. Espero que fique e que se qualifique ainda mais. Então, nesse momento está acontecendo isso. Eu tenho certeza de que nós temos diversos debates que serão propiciados pelas cidades da região. Entre eles, nós temos um muito próximo agora que é o observatório do turismo, que deve ser implementado ainda neste ano, e que vai permitir que os municípios tenham as mesmas informações e que eles alimentem esse sistema todo. Já vem sendo desenvolvido pela Universidade de Caxias do Sul, pela coordenação do professor Michel Gregolin, e que vai entrar em funcionamento ainda em 2021. Temos questões da saúde, a regionalização da saúde, a questão do lixo, a questão da água, as estradas, os polos industriais, as cidades digitais, a segurança, enfim. A região metropolitana tem capacidade de fazer esse debate, principalmente fazer evoluir temas que estão há tanto tempo parados, temas que estão há tanto tempo sendo aguardados e que eu tenho a convicção de que nós temos essa capacidade, vereador Uez, e o senhor já agenda a primeira...
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Após, depois, um aparte.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): A primeira reunião do Parlamento Regional, que vai ser importantíssimo também para convencer e para auxiliar na implementação da governança na região metropolitana neste ano de 2021. Vereador Fiuza, o seu aparte.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Obrigado, vereadores Felipe. Parabenizar V. Exa. por esse trabalho que o senhor tem, de uma forma expressiva, trabalhado bastante essa pauta. Queria aproveitar, falando em região metropolitana, do Projeto de Lei nº 1.378/2019, de autoria do nosso deputado federal Carlos Gomes, que vai criar a zona franca da Uva e do Vinho aqui para a nossa Serra Gaúcha. Então, temos a certeza de que eles estarão buscando essa pauta, buscando a aprovação dessa lei, que vai garantir com que os nossos produtores de uva e de vinho, a venda desses produtos, possa também ser comercializada de uma forma em potencial. Então a gente sabe também que esse projeto vai garantir também que a nossa Serra Gaúcha possa fazer com que haja um grande desenvolvimento desses produtos para a nossa cidade. Parabéns. Muito obrigado.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Muito obrigado, vereador Fiuza. Até para reforçar a sua fala com relação à Zona Franca da Uva e do Vinho, nós tivemos um debate muito forte, não é vereador Uez, na outra legislatura, e foi uma ação dos municípios da região, juntamente com o Parlamento Regional, que estava se criando a Zona Franca da Uva e do Vinho no Brasil, e excluindo Caxias, Farroupilha e outras cidades da região, que são grandes produtores de uva e vinho. Então, através do Parlamento Regional, naquele momento, se evitou um absurdo desses, que cidades vizinhas aqui, como Caxias e Farroupilha, teriam impostos muito maiores do que Garibaldi, Carlos Barbosa, Santa Tereza, enfim. Então, esse já foi um dos grandes trabalhos também do Parlamento Regional na outra Legislatura com interferência da Comissão de Agricultura aqui, através do vereador Uez, e a região, a zona franca da uva e do vinho só não andou da forma errada como estava acontecendo, porque foi aletrada por aqui. Foi esta casa e o Parlamento Regional que alertou, e eu alertei aqui desta tribuna, inclusive, lá no início, quando estava acontecendo. Depois, chamamos o deputado Derli aqui para corrigir esse absoluto porque ia impactar negativamente muito na nossa região aqui, principalmente Caxias e Farroupilha. Então eu tenho certeza que o trabalho de forma unida, regional é o que tem as grandes possibilidades de conquistas para todas as cidades e não só individualmente uma cidade ou outra. Então, colegas vereadores, eu fiz questão de trazer esse tema, porque é algo que eu vou debater muito, vou trazer muito, vou cobrar muito do Município e do governo do Estado, para que, realmente, se efetive isso, porque é algo urgente. Nós estamos perdendo recursos não tendo a região metropolitana da serra efetivada e deixando de arrecadar, inclusive, dando um exemplo aqui que é o que mais afeta as pessoas que viajam, nós temos estradas péssimas, e a região metropolitana teria capacidade de investimento e de busca de recursos para fazer todos esses investimentos. Por que não buscar de forma conjunta, vereador Fiuza, o acesso até o aeroporto de Vila Oliva? Por que não? Acho que é prioridade, tanto para Caxias, para a região de cá quanto para a região das hortênsias e também Cambará, porque são três regiões que têm um norte muito grande para o turismo e vão necessitar trabalhar não só aí como região metropolitana da serra, mas como Vinhedos, como Hortênsias e os Campos de Cima da Serra. Então, senhor presidente, essa era a minha fala inicial. Desejar um grande ano, uma grande legislatura para todos os vereadores. E vamos em busca do que é melhor para Caxias do Sul. Muito obrigado.
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VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Bom dia, estimados vereadores e presidente. Hoje eu trago uma pauta de extrema importância, que envolve vidas, famílias. Vou falar sobre rotatórias. Hoje nós temos um grande problema em Caxias do Sul, que é, por exemplo, na Rota do Sol, acesso ao Bairro Serrano, na RS-453; e também na Rua Atílio Andreazza, próximo ao Parque Oásis. Inclusive, onde a gente está reivindicando esse trevo, que fica no acesso ao bairro serrano, só ali já houve sete óbitos, mortes, sete famílias destruídas em Caxias do Sul. Inclusive só no trevo esse de acesso à Atílio Andreazza, no ano passado, uma garota de 23 anos do meu Bairro Serrano, foi atropelada indo para o trabalho, uma motocicleta, na sua condição normal de trajetória, um imprudente veio em altíssima velocidade e acabou... Em torno de 7 horas da manhã, indo para o seu trabalho. Tenho os protocolos. Gosto de provar, porque eu acho que palavras voam e escrita fica. Está aqui o protocolo, feito por Juliano Valim. Existe essa demanda por diversas lideranças, desde 2014, 2015, e só fica no papel. Este Vereador quer, sim, tornar uma prática.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Permite um aparte, vereador?
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Já concedo, vereador.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Permite um aparte, vereador.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Sei que envolve estado, envolve município, mas nós temos que tornar uma realidade. Sei que, no momento oportuno, quando a gente... Agora, inclusive, neste mês de fevereiro, agora, este mês estou indo a Porto Alegre, em busca de verbas para, junto do Executivo de Caxias do Sul, conseguirmos essa conquista. Eu sei que, na hora da inauguração, vão ter muitos querendo se promover, inclusive, dizendo que foram eles que conquistaram. Aqui, eu não quero saber quem vai conquistar; eu quero saber dos vereadores que estão aqui presentes, das pessoas lá da comunidade que, de fato, estão botando a cara para bater e que estão indo atrás. E que na hora das coisas prontas é fácil as pessoas estarem se promovendo em cima. Eu não me promovo; eu trabalho. E este vereador, independente do bairro de Caxias do Sul ou no interior que me chamar estarei lá presente.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Peço a palavra.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): E lá no Bairro Serrano, independente do vereador que estiver, que quiser ir lá, através de demandas dos vereadores, pode ter certeza de que as portas estarão abertas. Nós temos que lutar é pelo bem comum da sociedade caxiense. Concedo a palavra ao estimado vereador Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Parabenizar o vereador Juliano Valim. Parabéns, Juliano! A gente teve, nos longos anos, diversas mortes no trevo que era de Monte Bérico, e uma sinaleira, quantas famílias podiam ser poupadas por causa de uma sinaleira, que foi uma briga tão grande que a gente acompanhou, com a questão que o Daer não liberava, o Município não sabia quem ia pagar, quem não ia pagar, e ali ia morrendo gente. E ao longo da nossa 453, a Rota do Sol, nós temos vários problemas, a gente que é do transporte tanto escolar, do fretamento, temos ali perto dos Pavilhões, no viaduto. Seria talvez tão fácil resolver, que já temos o viaduto ali, mas aí as pessoas têm que fazer por cima, têm que fazer o retorno atravessando a pista. Então nós temos ali... Temos aquela do Serrano. Graças a Deus, quanta demora naquela do posto São Luiz. Tinha obra aprovada, orçamento aprovado e levou anos e morrendo gente, morrendo gente. Então se precisar, que tenham 20 sinaleiras lá na Rota do Sol, se for para poupar uma vida, e não só uma, que às vezes tem um ônibus cheio ou uma van cheia de pessoas ali. Nós estamos apoiando. Parabéns, vereador! E conte com este vereador para o que precisar. Tenho certeza que estaremos levando essa demanda também para os nossos deputados.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Inclusive, vereador Bressan, eu até ia citar, o senhor que trabalha nesse meio de transporte, que tem van, imagina quantos usuários dentro de uma van, passageiros envolvendo vidas. Inclusive, também quero citar o apoio do nosso vereador Cadore, da vereadora Tatiane, que tem uma luta grande na parte do ciclismo, porque a gente tem que trabalhar em conjunto. E eu conto com esta Casa, com esses vereadores, porque a gente tem que se colocar no lugar dessas famílias, pode ser com nós. E é só quando acontece com um familiar da gente que a gente vai ter a verdadeira importância e o significado dessas conquistas. Inclusive, já existem os projetos, os miniprojetos também. Imaginem essas fotos. As pessoas ficam... Principalmente, em horário de pico, é um transtorno. Imaginem em dia de chuva. Existem diversos acidentes. Inclusive, as pessoas analisam, simplesmente, o seguinte quesito: aconteceu acidente, mas danos materiais e lesões leves. Não aparece na estatística que a pessoa perdeu duas pernas, fraturou a coluna, perdeu dois braços. A pessoa fica, às vezes, com lesões irreversíveis para o resto da vida. Então faz parte de um acidente. Por gentileza, vereador Xuxa.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Obrigado, vereador Valim. Eu me junto também a você nessa grande preocupação que temos e vimos a necessidade que temos de fazer logo um trabalho, um retorno ali, um outro tipo de trabalho que venha ajudar essas pessoas ali da região do Bairro Serrano, região de Ana Rech, daquela região de onde nós moramos. Quero dizer para você que também é de grande preocupação minha. Eu quero somar com o senhor, eu quero estar junto com o senhor, inclusive, vamos convidar também a nossa vereadora eleita da região, a nossa Estelinha. Chamamos Estelinha, porque a gente tem uma intimidade grande, uma amizade boa. Quero dizer que também quero estar junto com o senhor e vamos convidar também a nossa amiga Estelinha, vamos somar junto com a comunidade para nós ir buscar junto esse trevo que tem grande necessidade. Quantas vidas foram ceifadas ali? Quantas pessoas morreram? Quantas pessoas de moto, de van, de caminhão vieram a morrer por causa da falta e a necessidade desse trevo? Então quero dizer que estamos juntos com você. A nossa comunidade também vai estar junto. O nosso comércio do Serrano também vai estar junto. E vamos somar, porque somente nós juntos conseguiremos unir força para trazermos essa benfeitoria à nossa comunidade. Obrigado.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Um aparte, vereador?
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vou passar a palavra ao vereador Fantinel, por gentileza.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Eu queria parabenizar, vereador Valim, pelo seu trabalho. Fico muito feliz de ver pessoas que começam a fazer esse tipo de trabalho tão importante na nossa cidade. Eu falo por mim mesmo, porque, em 2017, em março, depois de tantas promessas por parte do Governo Estadual e também pelo município, a gente nunca conseguia nada. Então lutamos e o pessoal o que acontecia? Infelizmente tinham alguns colegas que na época, hoje não estão mais aqui, mas na época eram vereadores que iam lá em Fazenda Souza, no acesso da Rota do Sol a Fazenda Souza para bater foto, dizendo que iam fazer um monte de coisas para depois ganhar voto, mas nunca fizeram nada. Eu sendo um simples cidadão, em março de 2017, fui a Brasília com um projeto em minhas mãos para fazer a rotatória de acesso a Fazenda Souza e entreguei nas mãos da então senadora Ana Amélia Lemos que me atendeu e me deu uma atenção muito grande e foi ela quem deu o primeiro passo, falando com o governador Sartori, onde dali mais ou menos 60 dias depois da reunião que eu tive com ela, as obras foram iniciadas na rotatória de acesso a Fazenda Souza. Depois, por alguns problemas técnicos e ambientais, ficou parada mais um tempo gerando quatro mortes naquele mesmo local e com a finalização então com o Governo Leite, que o secretário Costella me atendeu, e faltavam R$ 400 mil para terminar a rotatória e ele liberou esse valor ali e a gente concluiu a obra. Então eu sei muito bem o que você está passando e te admiro muito e te parabenizo. Estamos juntos!
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Agradeço pelo apoio, vereador Fantinel. Só um segundinho, vereador Daneluz. Só para utilizar o tempo, na região de Ana Rech, também recebi o pedido de alguns moradores, está aqui o processo, aprovadinho aqui por este vereador, também conto com o apoio do vereador Daneluz lá no trevo, na frente da Farmácia São João, Banco Sicredi, próximo ao Banco Banrisul, Farmácia Popular, este trevo, diversos acidentes, inclusive com óbitos e conto sim com o apoio do vereador Daneluz para a gente conseguir esse semáforo. Por gentileza, vereador Daneluz. (Manifestação sem uso do microfone.) Vereadora Estela.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Rapidamente, é de extrema importância isso que o vereador apresenta, contém comigo também nessa luta. Nós que utilizamos a entrada do Bife sabemos a dificuldade. A gente não tem sinalização. Ali é um local que quem vai do Serrano para (Esgotado o tempo regimental.) utiliza. Então de fato o transporte escolar utiliza aquela saída, que é muito perigosa, muito perigosa mesmo. A Rota do Sol tem um tráfego de carros, motos, caminhões muito grande e, de fato, a gente sabe o risco que infelizmente algumas famílias correm. Conte conosco, vereador.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Só para concluir, presidente. Então, eu só queria deixar essa mensagem positiva a todos os vereadores, a comunidade caxiense, a você que está nos assistindo pela TV Câmara e através das redes sociais, que este vereador está comprometido, inclusive aqui na Câmara a gente percebe diversos vereadores que estão juntos, que vão lutar por esta causa e em breve não acontecerá mais vidas perdidas e famílias tristes, destroçadas na nossa sociedade caxiense. Um forte abraço e agradeço a todos pelo carinho e pela atenção.
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VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Iniciamos hoje no Legislativo as ações em Plenário. Eu sei que todos vocês, ou a maioria de vocês conhece um pouco da minha história, mas eu gostaria aqui de relatar um pouco a minha trajetória. Eu sou dentista há 41 anos, fiz o segundo grau em Caxias do Sul. Lembro que trabalhei no Magnabosco, fiz o primeiro ano do segundo grau no São Carlos e os dois últimos anos no Cristóvão; fiz faculdade de odontologia em Santa Maria. Formado, foi morar em Maximiliano de Almeida, um município pequeno. Exerci minha profissão por 17 anos naquele município, foi vice-prefeito. Em 95, fui chamado por familiares e tive o prazer de voltar a residir em Caxias do Sul, esta cidade maravilhosa, que me acolheu de braços abertos. Trabalhei na Odontoclínica, como cirurgião dentista, na Randon por 21 anos, tenho meu consultório particular, eu, minha mulher e minha filha. Fui CC no Ipam como coordenador Odontológico, de 2005 a 2012. Sou conselheiro do CRO. Tenho ido à Brasília por muitas e muitas vezes, defendendo a classe, defendendo a odontologia, que, como todas as profissões, passa por momentos difíceis. Juntamente no Congresso Nacional, lutamos por muitos pleitos. Concorri, chegando a Caxias, politicamente falando. Fui presidente do Progressista, Partido Progressista, em 2001 e 2002. Hoje o Bortola representa aquele maravilhoso partido. Concorri a deputado estadual em 2002, 90 dias de campanha, sem preparo, sem nada, fiz 8.600 votos. Houve um desentendimento no partido e eu fui para o PTB, a convite do Adiló, do Zoraido, á época. Em 2016, concorri a vereador, fiz 1.565 votos. Naquela eleição, mais uma vez, eu não me preparei e fiz uma votação expressiva. Naquele momento, eu decidi que, em 2020, eu iria concorrer novamente. Me preparei, montei uma equipe organizada, fiz um trabalho mais consistente e, felizmente, fiz 1.862 votos. Quero, neste momento, me dirigir à população de Caxias do Sul. Essa população que me recebeu de braços abertos, confiou a mim este mandato de vereador. Quero retribuir com honestidade, com trabalho e com muita dedicação essa confiança em mim depositada. Quero dizer também que o meu gabinete é o nosso gabinete. Convido a todos para que venham nos visitar, que eu, com certeza, o meu objetivo é fazer com que os pleitos da comunidade sejam atendidos de uma forma mais rápida possível. Caros colegas vereadores, nós tivemos, há poucos dias, uma sessão extraordinária, várias sessões extraordinárias, e não se pode negar que durante o primeiro mês de mandato já pode se sentir no nosso prefeito de Adiló e na Paula o interesse de transparência, o interesse claro de lutar em defesa da comunidade. Nós tivemos muitos assuntos polêmicos, impopulares, e que nós tivemos que enfrentar e vocês foram, juntamente comigo, responsáveis por isso. Vocês tiveram participação decisiva nisso. Enfrentar e discutir o transporte coletivo com certeza é impopular, porque diante da crise, não só em Caxias, como no Brasil, o transporte coletivo é um dos mais atingidos. Enfrentar esse desafio, o prefeito está enfrentando, tentando tomar algumas medidas impopulares, que doem na alma de qualquer vereador. Na minha alma dói e tenho certeza de que na de vocês também, tirar os direitos, tirar os privilégios das pessoas mais necessitadas, mas, a isenção que o prefeito está propondo de ISSQN, taxa de administração, enfim, outras isenções, elas têm um único objetivo: proporcionar às pessoas que trabalham, uma passagem num valor menor. A pandemia complicou muito isso. Outra medida que foi muito discutida foi a verba, o financiamento que o governo conseguiu, através da Caixa Econômica Federal, que, se ele não fizesse um projeto para readequar esses valores, nós não teríamos oportunidade de ter esse dinheiro em caixa. E nós, aqui, com responsabilidade, com a participação de todos vocês aprovamos o financiamento direcionado à compra de máquinas e etc. Mas não esquecendo o compromisso que a vereadora Gladis nos intimou e todos os vereadores, com certeza, de que aquelas obras, aquelas escolas tivessem continuidade, e o prefeito Adiló e a Paula assumiram esse compromisso de que não faltará verba para que essas obras sejam concluídas. Entre outras medidas impopulares, mas a ideia e a convicção do prefeito é fazer o melhor. Parabenizo o prefeito e concordo com a vereadora Denise que nós temos que nos preocupar com a vacina. Chegaram, hoje, em Caxias, mais 18 mil vacinas para a região, 8.690 para Caxias. São muito poucas doses, nós precisamos de muito mais. Eu entendo que a secretária Daniele, da Saúde, está fazendo um excelente trabalho de logística, mas é preciso fazer muito mais.  A população clama por uma solução, a população clama pela imunização e, consequentemente, voltar às atividades, que é o que nós precisamos, por quê? Temos que preservar a vida, mas temos que dar condições que as pessoas voltem ao trabalho. Pra encerrar, quero dizer a vocês outra medida importante do prefeito Adiló é estender os horários das UBSs. Eu, que sou da área da Saúde, que tenho contato permanente com os funcionários dentistas que trabalham nas UBSs, é incrível a demanda, a necessidade de atendimento em todos os sentidos. E o exemplo é o Bairro Cruzeiro, que foi estendido o horário, as 7h30, ao invés de ser das 7h30 às 16h30, até as 21h30. Então esse pensamento vai ser, com certeza, estendido a todas as UBSs de Caxias do Sul e é uma medida que eu aprovo, aplaudo, porque atende uma das primeiras necessidades que é a saúde. Então quero encerrar, dizer a todos vocês que, além do respeito, que a gente tenha uma reação democrática e amiga aqui no Legislativo. E eu, como líder do governo, vou ser um interlocutor que estará sempre à disposição de vocês no sentido de que haja uma harmonia, e o Adiló, hoje, disse muito bem aqui e tem dito sempre que ele vai valorizar e está valorizando o Poder Legislativo. Então eu, como líder do governo, me prontifico, me coloco à disposição para ser um elo de ligação e união entre esta Casa e o nosso governo. Um grande abraço. Sucesso na nossa caminhada e que a gente, realmente, consiga fazer um trabalho em prol da sociedade. Muito obrigado.
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VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Bom dia a todos, caros colegas. Venho até esta tribuna, primeiramente, parabenizar o prefeito Adiló. E concordar com a vereadora Denise Pessôa que chamou atenção da falta de falar sobre vacinas no discurso do prefeito. Acho um momento importante, um momento oportuno de falar sobre isso. Porém, gostaria de trazer alguns dados aqui que são importantes, vereadora. A senhora falou que a vacina pode ser vendida 54 milhões de doses, eu gostaria de só trazer alguns dados aqui: dia 29/01, às 19h31, o site UOL publicou que o governo comprou as vacinas, 54 milhões de vacinas. Então, só para a gente restabelecer, daqui a pouco, a senhora não tinha visto a notícia, mas está restabelecida. O governo federal comprou 54 milhões de vacinas. A senhora chamou o governo Bolsonaro de genocida. É um discurso praticado pelos partidos de esquerda. E aqui eu deixo claro que eu não defendo o governo Bolsonaro, o Novo é neutro, ele é um partido neutro. Ele apoia o que é bom e crítica o que é ruim. Então eu gostaria de lembrar aqui, vereador Fantinel, que Cuba, Venezuela e Coreia do Norte são países que não começaram a vacinação. Aí eu pergunto são governos de genocidas também? Eles não começaram a vacinação, vereadora Denise, são governos genocidas? Eu acho que sim, mas vamos um pouco mais longe, vamos olhar os nossos vizinhos aqui, a Argentina que fechou tem um governo de esquerda, fechou suas fronteiras, fechou as suas pessoas em casa, curiosamente, ela tem o mesmo número de mortes por milhão de habitantes que o Brasil, cerca de 930. Será que o Alberto Fernandes, presidente da Argentina, é um governo genocida? Será que é? Ou será que vale só para o nosso como discurso. Aí a vereadora citou com muita razão Israel. Israel realmente vacinou quase metade da população, parabéns, vereadora, só que Israel tem 8.8 milhões de habitantes, é um país bem menor, onde a logística também é muito mais fácil. É importante lembrar que o Brasil foi reconhecido mundialmente pela sua logística de vacinação. Então a gente tem que lembrar também e fico muito feliz que a senhora parabenizou Israel, porque Israel no índice Doing Business é o 35º colocado, ou seja, é um país fácil de se fazer negócios e é um país rico. Ao contrário de países pobres onde a esquerda normalmente administra, alguns a vacina ainda não chegou. Aqui o Maduro, na Venezuela, onde o PT muitas vezes apoia, ele está dando gotinhas para curar a Covid-19. Eu gostaria de lembrar que Israel é 35º no índice Doing Business. E o Brasil está em 138 na posição. Além disso, o Brasil já vacinou 2.3 milhões de brasileiros. Eu considero pouco e aqui eu concordo com a senhora, acho que realmente deveria ser mais rápido e também concordo com a senhora diz que o Governo Bolsonaro, mais na pessoa do presidente, não fez força para as pessoas se vacinarem. Aqui o meu partido, partido Novo, foi o único partido que até agora que criou uma campanha Nacional do Vacine-se. Então é bom lembrar esse tipo de coisa também. Foi dito aqui que deve se priorizar a compra de vacinas por rede privada. Aí eu peço aos colegas... O intuito quando foi dito isso é que todos devem ser iguais, todos devem ser na mesma ordem. Aqui eu gostaria de lembrar e pedir quantos de vocês não tem plano de saúde? Eu não sei se a vereadora Denise tem plano de saúde, mas fica aqui o pedido que quem tem plano de saúde, muitas vezes, é priorizado. Isso não é crime. Isso na realidade, digamos, deixa menos peso para o SUS. Se a gente tivesse empresas comprando vacinas, distribuindo, pessoas pudessem comprar vacinas, talvez, essas vacinas não fossem para outros lugares do mundo, poderiam atender os brasileiros, nós poderíamos resolver o nosso problema antes. Aqui se assemelha muito ao Governo Bolsonaro, ao PT, porque os dois são contra, Fantinel. Aqui eu mostro mais uma vez que eu não estou defendendo o governo, que estou defendendo o que acredito. Eu acho que nós deveríamos ter sim a possibilidade de comprar vacinas, inclusive municipal, estadual, como a própria vereadora falou aqui. Só que isso é proibido. Uma empresa privada não pode comprar a vacina, por quê? Será que a gente está mais preocupado com a politicagem de vir aqui dizer: “Ah, tem que ser tudo pelo SUS, que é fila, que é aquela coisa”. Ou será que estamos preocupados em resolver os problemas. Muitas vezes a gente se preocupa com a politicagem, de vir aqui e dizer que o governo tem que fazer isso, fazer aquilo, tem que fazer aquilo outro, mas, infelizmente, a gente não se preocupa com o resultado final. Então serve de alerta a todos que a gente possa, de forma verdadeira, trazer números às nossas discussões, trazer a verdade às nossas discussões. O governo comprou 54 milhões de vacinas há quatro dias, três dias, e hoje a gente escutou uma vereadora dizendo que não tinha comprado. Eu lamento porque a verdade sempre deve prevalecer. Enquanto a gente faz críticas muitas vezes vagas, a gente esquece do que realmente é prioritário, que são as pessoas serem vacinadas. O meu partido, a minha bancada Federal, representada no Rio Grande do Sul por Marcel Van Hattem, o qual tenho a honra de ser primeiro suplente, fez sim um pedido ao Governo Federal que liberasse a compra de forma privada, ou a gente prefere que as nossas vacinas vão para a Colômbia, vão para Hungria, vão para Rússia? Para aonde a gente prefere? Ou vão para o Brasil? Será que não daria para tirar esse peso daqui a pouco do SUS, dividir, como é feito com os planos de saúde? E tenho certeza que aqui de que todos tem plano de saúde. Todos. Tu não tem, Estela? Legal. Não tem? Não tem. Olha aí, legal. A Estela não tem. Legal. Mas a maioria tem. Não vamos ser hipócritas. Por que a gente tem? Por que a gente tem, vereadora Gladis? Porque a gente sabe que é um atendimento melhor, mais rápido. Não vamos ser hipócritas aqui, porque o privado é melhor que o público. É assim que funciona. Escola é assim, estrada é assim. Tudo é assim. Eu gosto de lembrar aqui que a gente tem quase, se eu não me engano, 30 ou 40% da população, que paga plano de saúde. Imaginem, vereadora Denise, todo mundo ir no SUS amanhã o que iria acontecer. Será que ia ter capacidade? Eu acho que não. Acho que não precisa desse tipo de coisa. Então vamos focar na resolução do problema: qual é a resolução? A vacina. Qual o tipo? Não me importa. Importa que resolva o problema. Ontem, estive em reunião com o vereador Cadore e com o vereador Scalco, e sei também que todos os vereadores aqui, e faço um voto do Zé Dambrós e o vereador Muleke também falaram, sei que o vereador Bortola também está articulando. Nós precisamos usar o cérebro que Deus nos deu, gente. A gente tem o setor de eventos para 70 pessoas, vereador Gremelmaier. Se for fazer um evento na Festa da Uva, são 70 pessoas; se for fazer um evento no quartinho de casa, são 70 pessoas. Aí o pessoal quebra. O pessoal está desesperado. Qual é a ciência por trás disso? Existe politicagem. É só politicagem. É para dizer: “Nós, eventos é só 70 pessoa.” É para vender jornal. É para dizer, o governador lá, bonitinho: “Estou preocupado”. Aí a gente pega o cidadão que paga o salário do governador, que, aliás, não abriu mão do salário, vereador Cadore, o que eu acho lamentável, lamentável, porque um líder governa pelo exemplo, não por decreto, pelo exemplo. Então, se ele quer que pessoas, como aquela que a gente representou das quadras, que a gente representou do setor de eventos, que estão proibidas de trabalhar, não tenham salário, ele também tem que ficar sem salário, porque todo líder, grande líder no mundo, governa pelo exemplo, não pelas palavras. Gostaria de trazer essa discussão aqui também, que a gente pare, pessoal, de politicagem, que a gente se preocupe com as pessoas. Tá bom? Muito obrigado a todos.
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VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Aparte concedido, vereadora Denise.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Primeiro, quem está fazendo politicagem aqui é o vereador Maurício Marcon, quando compara ideologicamente países. Eu estava aqui falando sobre ações reais que acontecem no governo. O governo federal recusou, no ano passado, acordo com a vacina Pfizer, e também, três vezes, também recusou acordo com a Fiocruz. É um governo, sim, que, publicamente, se manifestou contra a vacinação; fala, inclusive, que não vai se vacinar, o presidente da República. É um negacionista, é uma pessoa que ataca a ciência. E isso é fato. Não é politicagem. Politicagem, talvez, do seu presidente. Quando o senhor vem aqui defender a iniciativa privada, isso é uma diferença ideológica que, realmente, temos. Eu entendo que se o senhor tiver dinheiro para comprar a vacina para os seus funcionários da sua lojinha, vai faltar a vacina para o médico que vai atender talvez algum familiar seu. Então, existe fila. E nos países que se avançou, como Israel, na vacinação, se priorizou critérios. Está faltando vacina no mundo. Se tivesse sobrando, tudo bem a iniciativa privada comprar. O problema é que o SUS não tem hoje as vacinas e vários países não iniciaram porque não conseguiram acessar as vacinas. Nós temos uma vacina aqui no Brasil, sendo criado aqui pela Fiocruz, que a gente precisa de mais incentivo, compra de mais insumos para aumentar a vacinação. Se nós priorizarmos a iniciativa privada, vai faltar para o médico, vai faltar para o enfermeiro, vai faltar para o professor, vai faltar para o idoso, vão continuar as UTI lotadas, as pessoas morrendo, então é necessário ter fila, é necessário ter critério. Se a gente quer pensar uma organização de um país continental, como é o Brasil, a nossa responsabilidade, como político, tem que ser séria e tem que ter critério; não é quem tem dinheiro vai lá e paga. Ou, como a gente viu algum secretário de Saúde dizendo que queria defender a mulher da sua vida e furou a fila para pagar vacina para a sua esposa. Tem que ter critério se a gente pensa em saúde pública e saúde coletiva e responsabilidades. Eu não estou pensando se eu tenho plano de saúde, se vocês aqui têm plano de saúde; eu estou pensando na população brasileira, que está empilhando mortos. E quem empilha mortos, com a responsabilidade, com a ação do governo federal é, sim, genocida. Em Cuba, o número de mortos não chega a 150. Estou falando de 150, não são 150 mil, são 150 pessoas. Ah, é um país pequeno. Mas nós estamos a praticamente um ano da pandemia. Porque lá o sistema de saúde é outro, se isola mais, tem distanciamento, dão outra forma de política de saúde. Então eu quero dizer que eu defendo, sim, uma fila única para vacinação. Não defendo fura-fila. E se a iniciativa privada está com compromisso para tentar resolver o problema, que faça um fundo e banque as vacinas para o SUS. Quer ajudar? Bota dinheiro num fundo, compra vacina e dá para o SUS, que pelo menos segue uma lista, segue um critério e protege vidas.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Bom, obrigado, vereadora Denise. Eu acho importantes as discussões, acho que elas são sempre válidas, mas cabe aos vereadores que representam a diversidade política deste Município que a gente possa se expressar e que cada um assuma as suas posições. Eu tenho posição e não tenho problema com isso. Aliás, isso é da democracia representativa de que alguns têm dificuldade em entender. Eu sou filiado ao PT, sou filiado ao Partido dos Trabalhadores e sempre tive uma posição nítida e evidente sobre vários temas que são importantes e um deles é o governo federal. Eu acho que a gente precisa ter responsabilidade, até porque há pouco tempo o Jornal Pioneiro fez uma enquete questionando os caros colegas aqui sobre um posicionamento a cerca da atuação do governo no tema da imunização e em outros. Nós vivemos num país em que a liturgia do cargo de presidente da República é desrespeitada todos os dias. Todos os dias, o Brasil é chacota em nível internacional. E eu vivo em 2021 e falo deste lugar. Não tenho obsessão pela direita, não tenho obsessão pela direita. Tem gente aqui que tem obsessão ou pela direita ou por Cuba. Não moro em Cuba, moro no Brasil, apesar de ser professor de História e dar aula de Geografia eventualmente no Município. Mas nós poderíamos discutir como o sistema de saúde funciona em Cuba e outros países também que são citados aqui, ou nos Estados Unidos, que também é tido como referência em vários dos debates. O presidente a República menosprezou o Covid, desde janeiro de 2020, em várias das suas falas, em vários dos seus posicionamentos. E aqui não era ninguém da esquerda ou nenhum médico comunista falando dos problemas que essa pandemia traria, mas eram médicos especialistas, epidemiologistas das entidades científicas do nosso país que se manifestavam, e o governo dava as costas. O presidente, de forma recorrente, falava em gripezinha ou outras sandices mais. Uma postura irresponsável. O vereador Marcon fala em liderança que se dá pelo exemplo. Qual é o exemplo de um presidente da República que sai sem máscara? Que faz aglomeração de forma recorrente e coloca as pessoas numa situação de risco? E não dialoga com as pessoas para que se preservem. Não é isso que a gente tem. O desrespeito constante, vereadora Marisol, que o presidente da República tem com a imprensa e com os jornalistas brasileiros e de fora do país, calando jornalistas, tratando com palavras de baixo calão, quando estes estão noticiando a morte de milhares de pessoas todos os dias. E aqui ninguém fala. Nesta Casa, parece que as pessoas têm problema de falar sobre esse assunto. Eu não tenho, porque não votei no Bolsonaro, defendo a democracia.  Aceitamos a derrota nas urnas e estamos fazendo a oposição seja aqui na Câmara, no Legislativo estadual ou no Congresso Nacional. Ficamos sem Ministro da Saúde. Qual é o país que em meio a uma pandemia como esta fica sem ministro da Saúde? Com representantes no Ministério da Saúde que defendem métodos que são ineficazes. Vejam Itajaí que foi adotado Ivermectina e outros medicamentos e como ficaram os índices do Covid e desta situação? É disso que nós estamos falando. Eu defendo SUS, o PT defende o SUS e o SUS estabelece um critério claro para a vacinação. Aliás, critério esse que foi nos explicado pela nossa Secretaria da Saúde e que está sendo adotado em Caxias. Eu me preocupo, já lhe concedo um aparte, vereador Estela, com o posicionamento tímido que gestores têm porque eu estou criticando aqui o presidente da República e no se refere ao presidente da República eu não estou nem falando de posicionamento, estou falando no que tem de mais preocupante, de pior no gestor, que é de respeitar as pessoas, não acreditar na ciência. Nós estamos, em 2021, eu citei um exemplo aqui que em 1918 se questionava a vacina e hoje, em 2021, nós vivemos isso.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Uma Questão de Ordem, senhor presidente.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Aliás, já que se fala tanto em politicagem, em questão de ordem, ontem, teve eleição no Congresso Nacional e foram liberados três bilhões em emendas. Então não tem dinheiro para a vacina, mas tem dinheiro para a emenda.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Questão de Ordem.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Acho que a resolução de mesa foi clara, senhor presidente, onde a gente teria que respeitar, e fala muito a respeito, vereador Lucas, nossas assessorias não poderiam estar presentes diretamente dentro do plenário. Acho que é para vir buscar assinatura e sair. Então acredito que não está sendo cumprido o que foi combinado, senhor presidente.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Então, peço a contribuição dos colegas vereadores. Inclusive hoje pela manhã não teria sido necessária a leitura da resolução de mesa, mas para que todos estejam cientes que não digam, a gente precisa respeitar senão as coisas vão ter que ser mais restritivas e não é bom para o andamento dos trabalhos desta Casa. A resolução é bem clara. O assessor tem que vir aqui, entrar em contato e já tem que tomar o caminho de volta e isso serve para todos. Obrigado. Continua com a palavra o vereador Lucas.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Então, só para concluir, acho que é importante e preocupante essa questão, que haja bom senso. Eu espero um posicionamento mais altivo de quem gere os Executivos no sentido de cobrar do Ministério da Saúde e do presidente... Já que do presidente não se pode esperar bom senso e racionalidade, mas que a vacina chegue e chegue mais rápido, seguindo os critérios que são estabelecidos pelo Sistema Único de Saúde. Aparte concedido, vereadora Estela.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): A nossa preocupação aqui também é com o povo. Só que não é com o povo, uma parcela do povo, é com povo que vive a realidade de mais vulnerabilidade dentro da nossa sociedade, que é o povo que principalmente está morrendo. Cinquenta e cinco por cento das mortes são de negros e pardos; 71,5 são de pessoas sem escolaridade e quem é que utiliza o SUS? São essas mesmas pessoas que estão morrendo. Então por que a vacinação tem que ser pelo SUS? Porque as pessoas que precisam ser vacinadas são as pessoas que não têm condições de comprar uma vacina na rede privada. Nós precisamos do fortalecimento do que é público porque, se o que é público está ruim, é por incompetência da gestão pública. Se o que é público está precarizado é por que o presidente não está priorizando a vida, não está priorizando aquilo que é da população. Para mim, vereador Marcon, politicagem é clientelismo. E que fique bem entendido o que eu quero dizer com isso.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereadora Estela. Para concluir, senhor presidente, em tempos de negacionismo, em tempos de Ivermectina, em tempo de desrespeito à democracia, salve o SUS, salve a vacina e que a gente possa vencer essa pandemia logo sem o obscurantismo que nós vivemos no Brasil.
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VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Senhor presidente, membros da Mesa e nobres colegas. São momentos que nos deixam aflitos e que compreendemos muito bem o desespero de muita gente, que é negligente quando se pede para que se cuide. Vou fazer algumas pequenas colocações, porque o colega vereador Marcon roubou a minha fala. (Risos)
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Um aparte, vereador?
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Sim. O que eu queria dizer é de alguns detalhezinhos que vêm à tona com uma fala minha em outra sessão sobre os problemas da periferia. Eu tenho aqui pelo G1, matéria do G1: Manaus com mais de 35 mil infectados pela Covid-19 e com mais de 2 mil mortos, uma grande parte da população da periferia não usa máscara, não usa álcool. Não se cuida. Vocês têm que ir lá ensinar o povo de vocês a se cuidar e não cobrar do governo.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Uma Declaração de Líder, da bancada do PDT, presidente.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Porque todos nós temos responsabilidades. Nós temos responsabilidade e a responsabilidade do meu pessoal, eu vou lá e cobro. Quem eu represento, eu vou lá e cobro. Se eles não sabem, eu perco o meu tempo para ensinar. Assim, o pessoal não usa máscara, apesar do decreto público de que deveriam estar usando, aí acontecem todas essas mortes e a culpa é do governo. Por que onde o pessoal se cuida tem menos mortes? Pessoal, a gente tem que saber as nossas responsabilidades. Nós temos que nos cuidar. O Brasil ultrapassa a Itália em número de vacinados, o país já imunizou, como o Marcon disse, 2 milhões de pessoas já. Se eu não me engano são 147 ou 177 países no mundo, não é, o Brasil hoje está em oitavo lugar, em dados absolutos, no termo vacinação. Em duas semanas, desde o início do processo de vacinação, o Brasil já conseguiu ultrapassar a barreira de 2 milhões de pessoas imunizadas em comparação com outras nações do mundo. O número é bastante significativo e coloca o país na oitava colocação em dados absolutos de doses distribuídas. Até às 18 horas desta segunda-feira, 1º de fevereiro, o Brasil já havia vacinado mais de dois milhões de pessoas. Eu não vou me estender muito mais porque, como eu disse, o vereador Marcon já fez as colocações que eu tinha o compromisso de fazer: que o governo comprou ontem 54 milhões de doses, que estão a distribuição para a nossa população. Queria fazer três colocações aqui bastante fora da matéria, mas que fazem parte. Agora que a baleia da esquerda morreu na praia na eleição da Câmara dos Deputados, com certeza os projetos serão aprovados e o país vai voltar a andar. Isso eu tenho certeza absoluta. Quanto a dizer, vereadora Denise, que o governo Bolsonaro vai terminar antes do final da vacinação: será que vai até 2026?
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): A palavra, vereador?
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Quanto a exemplo de presidente, talvez o exemplo de um presidente urinado e bêbado fazendo discurso em Davos, na Suíça, representando o Brasil, foi bem melhor que um presidente que não se manifesta pelo politicamente correto. Então, eu acho o seguinte, aqui não se trata de politicagem, vereador Marcon, nem de direita, nem de esquerda. Eu defendo o presidente por um único motivo: até o presente momento ele não demonstrou ser ladrão. Passo a palavra.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Obrigado, vereador Fantinel. Presidente, pode ser sentado? Eu gostaria de responder ao vereador Lucas, que é um defensor da democracia, Lucas, gostaria de dizer que a postura independente é conhecida no mundo. Então, ser independente não quer dizer que se tem vergonha de um presidente, nada disso. Eu votei no Bolsonaro no segundo turno, votei no Amoêdo no primeiro, e votaria de novo no Bolsonaro no segundo turno, porque sempre vou votar contra o PT, acho difícil ter uma alternativa pior no meu entendimento, mas, hoje, a gente é independente. E, quando a gente é independente, a gente tem a clareza de apoiar o que é positivo, e eu falo isso com o meu colega Fantinel e criticar o que é negativo. E aqui eu posso dizer algumas coisas negativas e outras positivas do governo. Então ser independente não é se esconder, é sempre estar do lado do que se acha correto, independente de o governo for bom ou ruim. Tá bom? Quando eu falo, vereadora Estela, sobre a questão do SUS, que nem a vereadora Denise falou que iriam 54 milhões de doses para fora. Se isso fosse acontecer mesmo, será que não era melhor a iniciativa privada comprar essas doses e tirar pessoas da fila do SUS? Para que pessoas que não tenham condições de comprar vacinas possam ser vacinadas antes. Essa é a ideia. A ideia não é passar ninguém na frente, a ideia não é fazer discurso inflamado; a ideia é resolver o problema, Estela. E resolvendo o problema, quanto mais vacina a gente tiver, antes a gente vai resolver, inclusive, vacinando pessoas mais pobres antes. Porque se a gente tiver que colocar o médico, como tu mesma citou, que tem uma renda boa antes da pessoa que está lá na periferia que não tem renda, isso seria importante, porque da periferia, em vez de se vacinar em março, poderia se vacinar agora em fevereiro. Então qual é o nosso interesse? Que ela seja vacinada. Porque ninguém aqui falou contra o SUS. Talvez o entendimento não foi 100%. Talvez eu não me expressei de forma correta. Então eu deixo claro aqui que eu quero que as vacinas venham para o Brasil, para os brasileiros. E quanto mais pessoas se vacinarem antes, mais vai sobrar para as pessoas que não têm condições. Vereador Fantinel, o senhor trouxe um dado muito importante outro dia que foram os valores desviados pelos governos petistas tanto em roubo, que a Lava Jato já recuperou, como em dinheiros enviados para outros países como Cuba entre outros países que a gente sabe. Quem sabe se esse dinheiro estivesse no nosso país, como a vereadora Estela mesmo falou, a gente tivesse maior qualidade do serviço público não é? Assim, a gente mandou dinheiro para fora do país infelizmente. E gostaria de lembrar, aliás, que o Lula não dava entrevista, o Lula tinha um porta-voz, ele não dava entrevista. E as poucas vezes que a gente ouvia ele falar ou era preparado ou era pego, por exemplo, ele ao telefone fazendo aquela referência que “eu me nego a falar de novo sobre uma mulher, do que ela tinha no meio das pernas lá no nordeste” ou sobre o prefeito aqui da nossa cidade de Pelotas, que ele disse que todo pelotense era cidade de veadinho. Isso está documentado. Então eu prefiro um presidente de fale o que pensa de peito aberto a que fale escondido, como muitas vezes acontecia no governo dos petistas. E para terminar, isso sem dizer da Dilma, que quando ela abria a boca, a gente tinha vontade de ir embaixo da cadeira, tamanha era a vergonha. Para concluir, Fantinel, e te agradeço pelo tempo, a vereadora Denise ou o Lucas falaram sobre Cuba. Eu acho engraçado que alguém acredite nos dados de Cuba. A Coreia do Norte seria referência, vereador Fantinel, a Coreia do Norte não tem um morto. Veja só que interessante, o vírus não entrou na Coreia do Norte. Então é um lugar a ser estudado. Pelo que a gente sabe, se entrar alguém e tiver o vírus lá é fuzilado. Obrigado, vereador Fantinel.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Então só para concluir, presidente, deixando bem clara a minha posição, de hoje em diante, dentro desta Casa, que é extremamente democrática. Respeito tudo o que a esquerda fala, respeito o que o centro fala, o que a direita fala, serei sempre respeitador.  A minha intenção é ajudar os colegas, a Casa, a nossa cidade a encontrar uma situação melhor para o nosso povo, para a nossa gente, posições melhores. Agora, enquanto a gente for atacado, se a gente for atacado de espingarda, nós vamos usar metralhadora. A gente não está aqui para se render e muito menos para baixar a cabeça. E, para concluir, eu queria dizer que pela felicidade – isso é importante, porque eu sei que vai pesar muito – pela felicidade do nosso presidente ter conseguido a liberdade democrática para que o cidadão decida se ele quer ou não se vacinar, porque queriam obrigar a gente que nem ovelha no campo e que nem gado, que é obrigado, graças a ele ter conseguido a liberdade, senhoras e senhores, eu, a minha vacina eu passo para quem precisa. Muito obrigado.
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VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Senhor presidente, eu ia fazer um breve comentário no Pequeno Expediente em virtude do aumento da gasolina de 13,4%, dois aumentos em menos de 10 dias, e o que vai impactar diretamente no nosso alimento, nos nossos remédios, é uma cadeia toda que vai aumentar em virtude do aumento dos combustíveis. Não vi nenhum dos grandes apoiadores do Bolsonaro se manifestar disso aqui na tribuna. Isso é muito importante cobrar que o Governo Federal tomasse posição porque nunca na história do país, hoje a gente observa também o noticiário, Caxias do Sul, o preço da cesta básica. O pobre não consegue se alimentar, vive de cesta básica. Falando em pobre, vereador Fantinel, eu ocupei a tribuna justamente para falar do início da sua manifestação aqui. Eu estava na praia nesses dias, e como nós estávamos em recesso e eu participei de forma virtual, tinha a vereadora suplente aqui da Denise Pessôa, a Rose, e o senhor em uma das manifestações, que ela falou em uma votação da educação, o senhor disse assim para ela, e eu estava assistindo: “Eu lhe convido vereadora, a senhora que está com o seu sapato, a caminhar lá no interior”. Sabe, vereador, eu lhe convido também a caminhar nas periferias da nossa cidade, no Canyon, no Reolon, no Santa Fé. Quando o senhor usou aqui da tribuna para dizer aqui o seguinte: “Vocês do PT têm que ensinar o povo de vocês, educar o povo de vocês”. Sabe, vereador, quando a gente foi eleito aqui vereador, a gente não foi eleito para segregar, a gente tem que trabalhar para todos. Indiferente se é pobre ou rico, ou se é do interior da cidade, do centro, a gente não tem que segregar. O senhor presta um desserviço, vereador, fazendo isso aqui da tribuna. A Câmara tem uma história de mais de 140 anos e a gente não pode segregar a nossa população tão sofrida que tem. A gente tem que unificar, apaziguar a nossa cidade, nós já passamos por muito tempo de turbulência. E, quando o senhor diz “ensinar o povo de vocês”, sabe, vereador, eu lhe convido, está no Pioneiro de hoje, a população do Reolon, e eu conheço bem porque fui dos vereadores mais votados no Reolon; nunca precisei dar uma cesta básica, nunca precisei fazer janta, dar uniforme de futebol, prometer que vou doar salário. Sabe o que fiz? Fui trabalhar durante os meus oito anos de mandato para aquela população, e está lá o esgoto estourado. Aquele povo respira esgoto. Se eles não morrem de coronavírus, eles morrem por falta de saneamento básico. Aquelas crianças, muitas delas são vítimas de estupro, de abuso sexual. Os pais dessas crianças ao invés de dar assistência para as famílias são usuários de drogas. A gente não pode segregar, “o teu povo”, porque não é só o povo do PT é o povo da cidade de Caxias do Sul. Sabe, vereador, a população que vive nas periferias, o senhor falou do asfalto que está sendo feito no interior, muitos dos trabalhadores que fazem o asfalto para o senhor vir até a Câmara de Vereadores saem da periferia; num calor de 35 graus, eles estão lá botando asfalto para o senhor poder passar. A canalização, o lixo que o senhor produz eles estão lá recolhendo, e são esses povos das nossas periferias. Então aqui a gente não pode dizer assim: “Vereadores, vocês têm que ensinar o povo de vocês e usar máscara”. Porque toda a generalização é burra, porque nem todos que estão na periferia não usam máscara, nem todos os ricos usam máscaras. Então a gente tem que parar com isso daí e a gente tem que ter compromisso com o povo, não dizer o teu povo e o meu povo. Seu aparte, vereador Lucas.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereador Rafael. O senhor fala com muita propriedade. Primeiro eu quero dizer que eu não entendo de espingarda e nem de metralhadora; aliás, não tenho porte. Meu pai é uma pessoa contra a utilização de arma. A minha arma é a palavra, metaforicamente falando, e as ideias, e o respeito às ideias. Então quem tem porte, e inclusive usa de forma desnecessária, tem que responder, mas não uso espingarda, nem metralhadora, nem revolver. Não tenho porte, nunca peguei e não sei. Meu povo, eu fui eleito, nós fomos eleitos, inclusive a companheira Denise é a segunda mais votada aqui da atual legislatura, nós fomos eleitos por eleitores caxienses. Então eu não gosto dessa... “Quem meu povo?” É o povo preto? É o povo pobre? E a gente fala aqui, vereador, acho até ruim que a gente que falar recorrentemente que tem vereador que não conhece. Aliás, eu canso de ver fotos em Stories, em publicação nos bairros pobres da cidade. Vejo várias pessoas fazendo isso no seu trabalho fidedigno como vereador. A gente fala, e nós temos que falar, isso é chato ter que dizer, falar do Canyon, falar do Reolon, falar desses bairros em que muitos deles não têm saneamento básico. E eu quero dizer, vereador Velocino, que, a partir de agora, eu já estou contatando alguns presidentes das Amobs e vou trazer as pessoas aqui. Já que nós temos dificuldades em achar que o problema é que o Covid se dissemina porque o povo da periferia não usa máscara, vamos tratar e conversar sobre as condições de quem mora lá no Vale da Esperança, do lado do Têga, que, quando chove, entra água e esgoto dentro de casa, aí nós vamos falar para esse povo da importância de usar máscara e álcool em gel. Acho importante. Vamos discutir. Ou lá da Coesp, que é a minha região, que choveu essa semana e encheu a casa de uma moradora que tinha criança pequena com água e esgoto. Aí vamos discutir por que o povo não usa máscara e álcool em gel. Aliás, eu não vou fazer essa discussão torpe de quem usa, se rico usa, pobre não usa, porque eu circulo bastante pela cidade e passo em lugares bem abastados que ninguém usa máscara. Não usa em razão principalmente dessa situação que se incentiva as pessoas. O presidente da República incentiva. Então acho chato, acho desnecessária essa fala de nós segregarmos, nós tratarmos de forma preconceituosa. Os pobres não são responsáveis pelo Covid-19. O covid chegou de outra forma, e hoje todo mundo morre. Quem morre mais são os mais pobres, especialmente, os mais pobres e os negros da periferia. Então, lhe saúdo e quero dizer que a nossa luta é para que todo mundo tenha vacina, tenha saneamento básico e vou discutir aqui nesta Casa, nós vamos discutir o saneamento básico, já que nós estamos falando que pobre em geral, tem esse estigma, que pobre não usa máscara, que pobre é porco, que “o povo de vocês”. Vou trazer o povo nosso aqui para a Câmraa de Vereadores para falar da realidade.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador. O seu aparte, vereador.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Na verdade, eu nasci no interior, São João da Urtiga, pisei barro, ia à escola, por mais que talvez vocês não acreditem, muitas vezes de pés descalços, e não é porque meu pai não tinha condições, mas era a mentalidade à época. Então, eu vivi a vida do interior, a dificuldade de pisar barro, enfim, a dificuldade que envolvia alguém que trabalhava na roça, e eu trabalhei muito tempo na roça. Depois tive o privilégio de fazer a faculdade e, hoje, sou cirurgião dentista e moro em Caxias do Sul. Sou um privilegiado. O que eu quero dizer com isso: o debate que se instala aqui ele é importante, é democrático, eu acho que nós temos que nos expressar dentro daquilo que entendemos que é o nosso pensamento. Agora, eu discordo do rumo que essa discussão está sendo levada, porque eu, como vereador, fui eleito para defender o cidadão caxiense. Fui eleito para defender o homem da roça, o homem que mora no bairro mais simples Caxias do Sul e as pessoas que moram no centro da cidade. Enfim, fui eleito vereador para defender o cidadão caxiense. Então, o rumo que essa discussão está sendo levada, no meu íntimo, embora eu respeite a democracia, a expressão de cada um, eu acho negativa. Ela pode trazer resultado? Pode, mas não seria o caminho que eu, particularmente, adotaria. Me deixa até triste ver essa discussão pelo caminho que ela está sendo tomada, porque ninguém é mais do que ninguém. Nem quem mora no bairro, nem quem mora no interior, produtor agrícola, enfim, que produz o nosso alimento para nós vivermos na cidade; e nem o do bairro, que tem dificuldade em função da história.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Eu fico triste até, embora respeite essa conduta adotada e esse rumo que a discussão está sendo levada. Obrigado.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Parabéns pela sua manifestação, vereador. O seu aparte, vereador Felipe.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Vereador Rafael, de forma bem breve. Eu quero assinar embaixo da sua fala, e dizer mais: sobrou até para o Baleia Rossi no discurso aqui, não é. Só que a baleia queria um Congresso independente, assim como o Marcel Van Hatten queria também. Muito diferente de uma submissão de cair na rede do centrão, que foi o que aconteceu. A baleia, que foi citada aqui, queria um Congresso independente, diferentemente do eleito que se juntou ao centrão, algo que era tão difundido na campanha eleitoral... (Esgotado o tempo regimental.) E hoje caiu nas redes, infelizmente, do centrão. Obrigado.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador. Só para encerrar, presidente. Não vou conseguir conceder aparte, vereador. Desculpa. Mas, a respeito das vacinas, não é questão de fura fila ou não, mas nós temos um SUS que é universal, vereador, o SUS é universal, ele é para todos, independente se tem plano de saúde ou não, porque todos nós somos pagadores de impostos e todos nós temos um cartão SUS, mesmo quem não fez, tem o número do cartão SUS. Uma criança de quatro anos, aquele que mora lá na cobertura vai poder fazer a vacina se tiver na rede particular. (Esgotado o tempo regimental.) Aquele que tem dinheiro vai poder fazer, é uma forma de furar a fila. Tendo um regramento pelo SUS por faixa etária, seguindo o regramento da especificidade de cada região, nós podemos criar um critério e todos podemos minimizar a tragédia do Coronavírus. Então era isso, lamentável essa manifestação que eu tive que fazer aqui, mas é preciso a gente ter empatia com todos da nossa cidade, e não segregar: se tu és ateu, se tu és de Jesus, se tu és do capeta, se tu és negro, se tu és branco. Porque, se tu crias discórdia, a gente não vai a lugar nenhum. Obrigado.
Parla Vox Taquigrafia

VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): De imediato, seu aparte, vereador Fantinel.

VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Eu queria só citar algumas palavrinhas para concluir. Mais uma vez me entristece quando as pessoas parecem ser tão inteligentes, e, na realidade, são analfabetas políticas, porque não entendem o que a gente fala. Eu queria dizer, vereador Rafael Bueno, que o senhor falou para a minha pessoa, o senhor não falou para o meu partido, que o pessoal lá da periferia é que vai lá fazer o asfalto que eu piso. Eu trabalhei 25 anos de pedreiro, embaixo do sol, quebrando pedra e eu garanto que as suas lindas mãozinhas nunca botaram a mão num picão, então, não venha dizer para mim que eu não sei o que o pessoal da periferia que vai lá fazer o asfalto para mim, que eu não sei o eles passam, porque eu garanto que eu sei mais do que muitos deles que estão indo lá fazer o asfalto. Trinta anos de pedreiro, embaixo do sol, batendo massa, quebrando pedra e fazendo muros, essas mãos aqui. Garanto que as tuas mãos nunca botaram a mão no picão. Então não venha me ensinar o que é fazer esforço, primeiro lugar. Segundo lugar, vereador Lucas, quando eu me referi ao assunto pessoal de vocês eu não quis dizer que eu separo as coisas, eu quis dizer que aqui eu nunca vi a esquerda defendendo o pessoal que tem uma situação econômica um pouco mais elevada. Eu sempre vi vocês defendendo a classe mais pobre, a classe mais miserável. E aí vocês têm o papo de dizer: “Não, o cara está segregando, porque ele legisla só para uma classe.” Mas como assim legisla só para uma classe? Se vocês deixam claro na fala de vocês que vocês não legislam pela classe central, pela classe média, pela classe alta; vocês batem o martelo o tempo inteiro dizendo que vocês legislam só para aquele pessoal.

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Questão de Ordem, senhor presidente.

VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Então era só isso.

VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado, vereador.

PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Questão de Ordem, Rafael.

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Só para o senhor situar os colegas que não tem conhecimento do Regimento que o aparte é no máximo de dois minutos, e aí está ultrapassando os dois minutos, para se situarem, presidente.

PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Com a palavra o vereador Bortola.

VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado, presidente.

VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Concede um aparte, vereador?

VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Então eu volto... Eu já lhe permito. Quem me pediu? Já lhe permito. Bom, concedo agora.

VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Só para dizer, agradecer ao presidente Uez que já tinha feito essa colocação dos dois minutos, e aí daqui a pouco o pessoal tem uma dificuldade na matemática, terminou em 8 min a fala do Fantinel, ele tinha começado com 9’40, então estava dentro dos dois minutos. Gostaria também, eu fui citado, vereador Fantinel, sobre a doação de salário, eu tinha dito para todos os colegas aqui dentro que eu não ia trazer isso aqui, porque eu acho que cada um faz o que quer com seu salário. E me entristece demais a mentira que acontece aqui dentro. Porque eu desafio o vereador que me citou a achar uma publicação, um Whatsapp, uma fala minha dizendo que eu ia doar salário para doar voto, vereador. Se o senhor gasta o seu salário na praia, como o senhor estava até esses dias, o senhor...

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Pela ordem, senhor presidente. Pela ordem.

VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Peço a manutenção da minha palavra, por favor.

PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Atendida a Ordem.

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): O vereador está revoltado olhando pra mim, eu nem citei o nome dele. Ele que se coloque no lugar dele, eu estava falando do vereador Fantinel que disse que vai doar o salário, metade do salário. Nem estava citando ele, vereador. Presta atenção! Vai te enxergar, cara!

PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Colegas, vamos se respeitar, porque olha a imagem que nós deixamos para a população. Por favor!

VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Eu posso concluir a minha fala, senhor presidente? (Manifestação sem uso do microfone.) Então, como eu estava dizendo, eu acho que cada um faz o que quer com seu salário, vereador Bortola, e isso eu vou continuar com a minha nobreza. Como eu não fiz campanha para isso, para ganhar voto, eu não vou trazer aqui para dentro. Eu fico feliz de poder ajudar duas entidades, a Apadev e o Murialdo Santa Fé, mas eu vou trazer isso para dentro até por que cada um faz o que quer com seu salário. Muito obrigado, vereador Bortola.

VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado, vereador. Eu trago um assunto aqui que foi trazido no início dessa sessão, onde que o vereador Dambrós, que muito bem colocou, defendendo o setor de eventos, eu observo que nós estamos fazendo diversas reuniões esparsas. Eu acho interessante como Câmara de Vereadores nós nos unirmos. Os vereadores que entendem que têm que ter a retomada dessas atividades, vamos nos unir e de repente construir algo em conjunto. O próprio vereador Muleke representa uma parte desse segmento, o próprio vereador Dambrós uma parte, eu, modéstia à parte, também um pequeno grupo; o vereador Scalco e Felipe. Então acho interessante a gente se reunir, fazer uma reunião de trabalho. O que foi falado ontem na reunião com o prefeito e o secretário João Uez, que também estava presente, o vice-líder de Governo, o vereador Bressan, também estava presente, de que a gente pode sim construir um projeto-piloto de nós conseguirmos fazer com que essas atividades, com os devidos protocolos, retomem os seus trabalhos, porque, como foi dito antes, desde o dia 15 de março do ano passado que eles não estão trabalhando. Eu acho pior eles não trabalharem e jovens estarem em loteamentos e festas irregulares, sem máscaras, sem protocolo nenhum, totalmente contra o que a vigilância sanitária prega, enfim, que o Ministério da Saúde traz de todos os cuidados, do que nós termos uma fiscalização, digamos assim, e um protocolo rígido, para as casas noturnas, casas de eventos, shows, enfim.

VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Se possível um aparte?

VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Concedo.

VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Peço um aparte.

VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Obrigado pelo aparte, vereador Bortola. Te parabenizo, como já mencionei antes, interesse, quanto mais forças a gente tiver defendendo esse setor mais rápido vai andar a coisa. Pode contar com este vereador. A respeito das festas clandestinas, você falou muito bem a verdade, é nós querermos tapar o sol com a peneira. A gente vê diversas reportagens. Parece que o pessoal gosta de ver que a fiscalização pegou uma festa de 300 pessoas, 400 pessoas, 200 pessoas. E, naquele dia que pegaram aquela festa de 300 pessoas, tinham mais seis aqui na nossa região. Então não adianta o pessoal querer tapar o sol com a peneira, que tu estás ferrando o empregador, tem muitas pessoas nos procurando para isentar o IPTU, porque o tempo vai passando e as pessoas fechadas e a gente não tem o que fazer e as pessoas não conseguem trabalhar. Já que o Governo do Estado tem capacidade de trazer pacientes de fora para o nosso Estado, para dar assistência na saúde, que dê assistência para essas pessoas que possam voltar ao seu trabalho, não que eles não mereçam, mas já que tem assistência para as de lá, que deixe as pessoas daqui trabalhar e que garantam assistência e saúde para eles. Muito bem e conte comigo. Obrigado, vereador. Vereador Daneluz.

VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Vereador Bortola, eu gostaria de lhe parabenizar por esse trabalho e pela intenção de fazer aí uma unidade quando se for fazer essa questão dessas solicitações, enfim. Eu também me coloco à disposição. No ano passado, no início da pandemia, fui o primeiro vereador que colocava e defendia uma retomada gradual de todas as atividades e, à época, fui muito criticado por isso. Logo depois, se viu que não tem outra forma. Nós não temos forma de sustento para vários setores, em especial o setor de eventos. Eu convivo e trabalho com muitas pessoas que dependem do evento. Agora, nós tivemos alguns torneios de laço, na parte campeira, que tem retornado e a corrente de atividades que engloba isso é muito grande. Este fim de semana mesmo em Vila Seca, pude presenciar e conversar com algumas pessoas e tu vês o sorriso daquelas pessoas que podem estar se sustentando e trabalhando com dignidade, não é? É extremamente importante e urgente essa retomada de todas as atividades, com os cuidados. As festas clandestinas têm se colocado como uma questão extremamente difícil. A cada uma ou duas que pegam, tem 10 ou 20 acontecendo. A gente sabe que não vai ter fiscal para fiscalizar todas as pessoas. É muito melhor voltar de uma forma regrada, e aí, sim, é mais fácil de controlar, do que da forma como está. Conte comigo. Parabéns pelo trabalho.

VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado, vereador. Lembrando que o decreto estadual fala no máximo de 4 horas de duração, mas por que em Caxias do Sul só é permitido até às 11 da noite? Tem casas, tem pubs, estabelecimentos, que começam a entrar o dinheiro, ganhar o dinheiro a partir das 10 da noite. Aí a população começa a chegar e às 11 horas da noite tem que fechar. O que adiantou? Não vale a pena nem abrir o estabelecimento. Não vale a pena para o empresário abrir. Não tem condições. A mesma coisa as casas noturnas: abrir para 70 pessoas. Tem casa noturna que cabe mais de mil pessoas, para 70 pessoas não vale a pena abrir. Não se paga, a conta não fecha. Com os devidos protocolos, com certeza, e com a fiscalização rígida, sabendo onde tem que atuar, não indo a la louca para todos os lados da cidade. Acaba sendo um absurdo. Enfim, eu gostaria de deixar isso registrado. Conto com todos os vereadores que quiserem nos auxiliar nessa causa. Vamos levar essa demanda para a Amesne. O prefeito de Cotiporã, o Breda, é muito parceiro em que pese esteja em um momento complicado de saúde, que ele está passando por um tratamento de câncer, enfim. Vamos tentar trabalhar juntos. (Esgotado o tempo regimental.) O ex-prefeito Cassina, só para concluir, presidente, é vice-presidente, pelo menos agora até março, porque vai mudar essa gestão, mas vamos construir juntos e vamos apresentar isso para que a gente consiga levar e apresentar para o governo do estado pelo menos esse projeto piloto, para que Caxias do Sul seja pioneira no estado do Rio Grande do Sul na retomada das atividades desse setor. Obrigado, presidente.

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VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Senhor presidente, senhores e senhoras vereadoras. Primeiramente, dar as boas-vindas a todos os vereadores aqui presentes. Gostaria de agradecer o tratamento que venho recebido da Casa. Muito obrigado aos vereadores da legislatura passada, que eu também já fiz parte, e a gente está aqui novamente. Já pegando a fala do presidente, eu acho que a gente tem que ter um pouquinho de calma aqui. A primeira sessão do ano, oficial, e a gente já está vendo ofensas pessoais. Acho que aí complica um pouco. Respeito todos os vereadores aqui dentro, mas eu vou dizer uma coisa: comigo não. Eu respeito todo mundo, acho que jamais eu vou ofender um vereador pessoalmente aqui dentro da Casa, mas, se me ofender, pessoal, não é assim que funciona, o bicho vai pegar, porque uma aqui dentro é uma coisa, lá fora é outra. Acho que aqui todo mundo tem família, temos que nos respeitar porque todo mundo está assistindo TV. Tem até as famílias das pessoas que estão assistindo TV. Nós temos família, gente. Não é assim que funciona. Pô, acho que tem que ter um pouquinho de respeito aqui dentro. Então vamos discutir, dialogar, debater, mas com o devido respeito. É isso que eu peço, porque eu quero me dar bem com todos os vereadores aqui presentes, não quero ter nenhum problema. Eu acho que isso fica ruim. Então, pessoal, eu gostaria de dizer que minha proposta aqui, a gente está hoje debatendo bastante a questão da vacinação, vacina, pessoal, nós estamos debatendo a política da vacina. É política para cá, um dizendo que não, outro dizendo que sim. Pessoal, nós temos que estar felizes, contentes que está chegando. Hoje, nós vamos receber mais oito mil doses. Daqui a pouco, a gente está aí com 30, 40, 50 mil pessoas vacinadas, que acredito que nos próximos dois meses isso aconteça. E eu tenho uma boa perspectiva por isso, a gente vem acompanhando, e tenho certeza de que as vacinas vão chegar. Quanto mais vacinados tiver mais situações de nós termos o vírus que não se alastre para as pessoas. E quando os vereadores colocam a questão de economia, sempre defendemos que a saúde e a economia tem que andar lado a lado, vereador Wagner. E nós defendemos, tem que voltar, tem que arrecadar, não tem como comprar vacina, não tem como comprar medicamento se a Prefeitura, se o Estado não arrecadar. Isso é simples. Se lá na tua casa tu não recebes o salário, tu não compras o remédio para dor de cabeça. Ninguém dá as coisas de graça. Está difícil. Então a gente tem que cuidar muito nessas questões. Outra coisa, pessoal, eu vejo que a gente tem que cuidar pelo desgoverno dos três últimos anos, fora o governo Cassina, que foi um exemplo de governo, que conseguiu colocar a casa em dia. Nós temos muitos problemas lá nos bairros. A gente recebe diversas demandas. E agora, graças a Deus, devolvendo... o governo devolvendo os Centros Comunitários para a população administrar, onde foram retirados de suas comunidades. Peço uma atenção muito especial aqui à Codeca. Nós precisamos que a Codeca... Eu não sei qual é o problema que está acontecendo lá neste momento, mas a gente está vendo aí que a capina e a roçada estão aí a desejar em vários pontos da cidade, e eu estou aqui para cobrar. Sou base do governo, sou vice-líder do governo, mas venho aqui para cobrar. Então, o pessoal da Codeca, eu gostaria que... Foi na semana passada que assumiu a nova presidente, e que ela cuide para nós o quanto antes, porque eu estou recebendo diversas demandas na questão da capina e da roçada, principalmente nos trevos de Caxias que já está alta e, daqui a pouco, sai um jacaré lá de dentro. Então, pessoal, peço essa atenção especial. Também gostaria de dizer que, na semana passada, os vereadores que puderam participar, que estavam todos convidados que era na Comissão de Educação, a gente teve aqui a secretária Sandra Negrini e a coordenadora da 4 CRE, a Viviane. E a gente ficou feliz com algumas posições delas colocadas, porque é o que a gente espera, que as aulas voltem o quanto antes, não é, vereadora Gladis? Nós precisamos que os alunos, que as crianças tenham a educação em sala de aula o quanto antes. Isso já foi provado que, nas escolinhas, onde as professoras trabalharam sem vacina, não tinha vacina naquele momento, porque foi em agosto que foram iniciados os trabalhos lá nas escolinhas infantis, e somente 3% das professoras que estiveram efetivadas, trabalhando dia a dia sem se quer um dia faltar o serviço, foram só 3% dessas pessoas foram afastadas, e nem se quer dizer que esses 3% tinham contraído o Coronavírus. Foram talvez por uma febre, talvez um mal estar, então, dá em torno de 24, 25 pessoas que foram afastadas de 850. Então nós temos dados que as crianças, enfim, podem voltar. Elas se cuidam. Tenho certeza absoluta que elas têm um regramento, e a gente precisa urgente a volta, pela questão da volta dos transportes escolares, principalmente. Esse pessoal, como o pessoal das casas noturnas, como o pessoal também das quadras de futebol sofreram demais. A quadra ainda voltou; os pubs, alguma coisinha; mas o transporte escolar nada, pessoal, nada. Estão, desde março, sem se quer levar uma criança para a escola. Eles estão vendendo melancia dentro de micro-ônibus, que vale R$ 200 mil e hoje vai vender para quem se não tem trabalho? Então eu gostaria de pedir aqui que os vereadores, a partir de março, que as secretárias já deram a ordem de início às aulas, que nós acompanhemos e que nós aqui tenhamos força total para que esses professores voltem à sala de aula. Nós precisamos que essas crianças estejam inseridas em sala de aula. Estamos muito preocupados com as evasões escolares, que as crianças, que os adolescentes não queiram mais voltar. A gente conversa com crianças de 7, 10, 12, e os adolescentes de 14 anos, e eles não querem mais voltar para a sala de aula. Eles dizem que está bom assim em casa, vereador Xuxa, e essa preocupação a gente tem muito grande. Então peço um apoio total aos transportadores, Valim, nós estávamos falando de trânsito, total para que as aulas voltem, retornem o quanto antes. Se é no modelo 50%, tudo bem, mas pelo menos vamos voltar. Que, se Deus quiser, a hora que chegar a vacina na quarta fase, que é para os professores, nós já temos um caminho, se tudo der certo, e dali para frente que a gente consiga voltar cem por cento, para não ter problema nenhum. Vamos para os cem por cento que eu tenho certeza que vai dar certo. As escolinhas infantis foi como coloquei no primeiro dia da minha manifestação, a criança tem que ir um dia sim e um dia não, mas o pai e a mãe trabalham todos os dias. Eles não têm como ir um dia sim e um dia não. E o dia que a criança não vai para escola não tem aonde deixar. Então tem que retornar os cem por cento. Já foi comprovado, vereador Fantinel, que nós não temos esse perigo; graças a Deus não deu um surto nenhum. Então eu gostaria de realmente pedir o apoio a essa classe que está penando. Essa classe, o pessoal não sabe mais o que fazer, eles são pais de família e não sabem mais como levar o alimento às suas casas, estão passando dificuldade, busca e apreensão nos carros deles, nas vans, nos micro-ônibus e é um momento de desespero. Nós não temos mais o que fazer. Eu acompanho esse pessoal, todos os dias, e eles não têm mais para aonde correr. Eles estão completamente desesperados e aí eu peço apoio para que a volta às aulas seja em consenso de todo mundo. Também parabenizar o vereador Valim porque, vereador, eu tenho quatro, cinco veículos que fazem transporte, principalmente eles fazem na zona norte, e eles passam pela Rota do Sol praticamente todos os dias. Quando nós tínhamos uma dificuldade muito grande, a gente atendia uma empresa que era do outro lado da Rota do Sol, que tinha que atravessar em Monte Bérico. Ali era um momento de desespero, foram várias mortes ocorridas ali e uma sinaleira resolveu. Tu vês quantas famílias poderíamos ter poupado de uma desgraça. Se tiver que encher de sinaleira a Rota do Sol, que se encha de sinaleira, mas que seja para poupar uma vida. E a nossa preocupação é todos os dias. Os carros saem e a gente não tem seguro total, não tem como ter. A questão, se for só o bem, tudo certo, mas a gente não tem como ter seguro total, é muito caro. A gente não consegue cobrar lá na frente de quem contrata o nosso serviço. Aí, a gente simplesmente tem o seguro que é obrigatório, que é do passageiro, e a gente todos os dias está preocupado pelas travessias que acontecem e são muito perigosas. Então deixo todo meu apoio aqui que, se tiver que botar sinaleira, nós apoiamos sinaleira. Se for para evitar uma morte, nós estamos juntos. (Esgotado o tempo regimental.) Muito obrigado, senhores vereadores e senhoras vereadoras. Muito obrigado, senhor presidente.
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Não houve manifestação

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